Quase metade do saldo negativo de demissões em Santa Catarina vem da Indústria da Transformação, que abrange áreas como agroindústria, metalurgia e mecânica. Na avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o desempenho reflete o que ocorre com a economia em geral. Para o presidente Glauco José Côrte, o cenário era inevitável com tantos dados ruins somados no país.
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– A produção está em queda, a exportação está em queda, a economia está se desmanchando. Uma hora isso teria que se refletir no emprego. Em Santa Catarina já era uma tendência desde o início do segundo trimestre – destaca.
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Côrte defende que só uma agenda positiva que estimule o investimento poderá tornar realidade a expectativa do ministro do Trabalho Manoel Dias, de que o crescimento seja retomado no fim deste ano. A análise é que com o nível baixo de confiança na economia e com medidas que podem reduzir a desoneração da folha de pagamento, alterar o PIS e o Cofins e aumentar a carga tributária, o panorama pode piorar ainda mais.
– Nossa esperança é que os dados do Caged deste mês alertem o governo, para que se tenha uma agenda pró-emprego. É preciso uma grande aliança dos setores público e privado, passando pelo Legislativo e até pelo Judiciário, para que o Brasil vá pra frente e não retroceda como está acontecendo – completa o presidente da Fiesc.