Os acidentes na BR-101 e na Via Expressa, em São José e em Florianópolis, na noite de terça-feira, causaram filas de 18 quilômetros entre as duas cidades. Quem circulava pelo Centro da Capital ainda encontrou outro problema antigo: a falta de sincronia de alguns semáforos. Juntando todo esse bolo, vivenciamos uma noite de caos, com buzinas e filas pela região central. Na tarde desta quarta-feira, esses problemas se repetiram.

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Ainda em agosto, a prefeitura de Floripa afirmou que faltava pouco para publicar um edital para a contratação de uma empresa que realizasse a manutenção dos 134 cruzamentos com semáforos. Mas, por enquanto, a solução para o problema está como trânsito da cidade: lento.

A Secretaria de Mobilidade Urbana da Capital informou que o edital foi enviado para avaliação de órgãos como Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Contas, Observatório Social e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O objetivo, informou a assessoria de imprensa da secretaria, é não cometer os mesmos erros de 2015, quando uma empresa foi chamada sem licitação para o serviço.

Assim que os órgãos devolverem o edital, a secretaria irá lançar a licitação para contratar a empresa que realizará a manutenção. O MP informou, inclusive, que a prefeitura enviou o edital para consulta na semana passada para o órgão, e que nesta quarta, a 31ª Promotoria de Justiça, responsável pela Defesa da Moralidade Administrativa, já devolveu a documentação para a Secretaria de Mobilidade. O MP lembra que não cabe ao órgão dizer se o edital está correto ou não.

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A secretaria também informou que há funcionários da própria prefeitura que estão realizando o serviço emergencialmente. Como a equipe é reduzida, nem todos os cruzamentos foram avaliados ainda, como é o caso da sinaleira entre a Avenida Mauro Ramos e Bocaiuva, que causou bastante transtorno aos motoristas nos últimos dias.

Relembre:

No dia 15 agosto, a Hora publicou uma reportagem sobre a situação da dessincronização e falha de algumas sinaleiras da cidade. O problema tem sido registrado desde 16 de junho, quando a empresa que realizava o serviço, a Dataprom, de Curitiba, não teve o contrato emergencial renovado.

A mesma empresa era a responsável pela manutenção dos 134 cruzamentos desde outubro de 2015, quando foram contratados sem licitação. Na época, a justificativa para o caso foi que o município estaria elaborando um pregão eletrônico. Em seguida, a mesma empresa venceu o edital com um contrato de R$ 6 milhões. A Dataprom alegou falta de pagamento da prefeitura e uma dívida de mais de R$ 1 milhão em 2016. Com os serviços foram paralisados, o contrato então não foi renovado neste ano.

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