Felippo Scolari, estudante de Direito de 28 anos, há cerca de uma semana ouviu amigos falarem que sua foto e seus dados estavam expostos – atrelados a hashtags nada lisongeiras – em um aplicativo para smartphones chamado Lulu. Segundo conta seu advogado, Fabio Scolari, frente a dois dias de tentativas sem sucesso de sair da base de dados do app, Felippo decidiu que era a hora de entrar com uma ação contra o Facebook e a empresa responsável pelo Lulu – Luluvise Incorporation – pedindo a remoção imediata de seu perfil e uma indenização por danos morais de R$ 27 mil. Ontem, um juiz da vara especial determinou que ambas as empresas se manifestem sobre o assunto num prazo de dez dias.
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Leia as opiniões de Claudia Tajes e David Coimbra sobre o aplicativo.
Entenda como o Lulu pode resultar em processos.
– Fizemos um pedido de reconstituição com o passo a passo que o Felippo fez para tentar sair do aplicativo. Vinha uma resposta dizendo que ele deveria solicitar ao Facebook para que retirasse os dados – explica o advogado.
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Fabio Scolari conta que pessoas de outras partes do país estão entrando em contato com o seu escritório em busca de apoio e documentos que ajudem a montar outros processos semelhantes.
– Já tivemos contato de um grupo de Santa Catarina que pretende entrar com uma ação de dano moral coletivo – revela.
Felippo não está mais conversando com a imprensa por orientação dos advogados. De acordo com Scolari ainda não está compreendido nessa ação o pedido de quebra do anonimato das mulheres que avaliaram o estudante, mas a hipótese de também fazê-lo não está descartada. A empresa responsável pelo Lulu afirmou ontem que ainda não havia recebido nenhuma notificação da justiça.
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Felippo tentou remover seu perfil do aplicativo, sem sucesso
Foto: Reprodução
VÍDEO ensina a usar o aplicativo Lulu: