Com um início ligeiramente superior à primeira passagem pelo Brasil, Dunga usa os resultados positivos conquistados no retorno à Seleção para se proteger de possíveis críticas e se blindar do primeiro desgaste sofrido com a imprensa na véspera do quarto jogo comandando o time, nesta terça-feira, às 7h45min (horário de Brasília), diante do Japão.
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Em Cingapura, nesta segunda, o adversário foi relegado a um segundo plano. Os gestos com a mão no nariz seguidos de broncas direcionadas ao banco da Argentina, em Pequim, no sábado, ainda geram repercussões. A vitória convincente sobre os rivais sul-americanos foi minimizada quando o destempero do técnico tornou-se tema de uma das perguntas da coletiva.
Um repórter pediu a Dunga que fizesse uma avaliação do comportamento dele, perguntando se considerava a atitude normal ou se “a insinuação de que o pessoal da Argentina usou drogas” provocava algum arrependimento. Sem titubear, respondeu:
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– Como tinha poluição, o nariz estava sempre trancado. Quem está falando que usou drogas ou não é você.
Ainda dentro da mesma ponderação, Dunga tratou rapidamente de desviar o foco da própria atitude na tentativa de justificar o espírito mais aguerrido do atual grupo comandado por ele. Contra a Argentina, foi comum ver troca de provocações entre os jogadores fora dos lances de jogo.
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– Nós estamos trabalhando na Seleção Brasileira, e eu acredito que o torcedor quer um time competitivo e com sangue na veia. Se quiserem um time mais tranquilo e ponderado, depende das escolhas.
Com 100% de aproveitamento nos três primeiros compromissos, o treinador supera a campanha do início de 2006 na estreia no comando do Brasil, quando conquistou um empate e duas vitórias – uma delas também contra a Argentina – em três amistosos.
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O Japão vai tentar vencer o Brasil pela primeira vez na história sem ter em campo um dos principais jogadores da equipe: o meia Shinji Kagawa, que sofreu uma lesão na cabeça no jogo contra a Jamaica, sexta-feira passada, e nem viajou a Cingapura para o amistoso. Sem ele, Honda será o principal nome japonês.
AMISTOSO – BRASIL X JAPÃO – 14/10/2014
BRASIL
Jefferson, Danilo, Miranda, David Luiz (Gil), Filipe Luís; Luiz Gustavo, Elias, Oscar, Willian, Neymar; Diego Tardelli.
Técnico: Dunga
JAPÃO
Nishikawa, Sakai,Shiotani, Morishige, Nagatomo; Shibasaki, Taguchi, Hosogai; Honda, Okazaki e Muto.
Técnico: Javier Aguirre
Local: Estádio Nacional de Cingapura, 7h45min (horário de Brasília)
* Lancepress