O Barcelona entrou em ebulição nas últimas semanas. O clube foi definitivamente punido e proibido de contratar jogadores até janeiro de 2016 por irregularidades na busca por atletas menores de idade, demitiu o diretor Andoni Zubizarreta e seu possível substituto, o ex-zagueiro Carles Puyol, pediu para sair. De quebra, o técnico Luis Enrique entrou em rota de colisão com o craque Lionel Messi e corre risco de demissão.
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O processo de crise no clube catalão se desencadeou nos últimos dois anos, desde a saída do técnico Pep Guardiola. Zubizarreta assumiu o cargo de diretor de futebol em 2010, no lugar do também ex-jogador Txiki Begiristain, que ocupou a posição entre 2003 e 2010. A partir da saída de Guardiola, a direção do Barça teve dificuldades na renovação do elenco e passou a conviver com críticas.
Apesar de conquistar o Campeonato Espanhol em 2012/2013 e Supercopa da Espanha em 2013, o time caiu de rendimento e viu as equipes de Madri crescerem no cenário nacional e continental – em 2014, o Atlético foi campeão espanhol, enquanto o Real levou a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes.
De acordo com o jornal Público, de Portugal, o clube investiu 440 milhões de euros desde a chegada de Zubizarreta. Neste período, o presidente Sandro Rosell deixou o cargo, contestado por gastos excessivos e a postura diante de seus adversários internos na política do clube. Josep Maria Bartomeu se tornou o novo mandatário. A base do time, formada por Piqué, Busquets, Xavi, Iniesta, Pedro, Messi, Daniel Alves e Mascherano, não foi renovada – as principais contratações foram Neymar e Luis Suárez -, e há críticas pela falta de peças de reposição. Como não poderá contratar nos próximos anos, buscará manter os atletas atuais e apostar em jovens das categorias de base.
Para piorar, os rumores são de um relacionamento ruim entre Luis Enrique e Messi. A situação do técnico se tornou complicada pelos resultados considerados abaixo do padrão exigido pelo clube e corre o risco de ser demitido. O camisa 10 pode levar vantagem em uma eventual queda de braço, até pela necessidade do Barça em manter um elenco forte. Mesmo assim, o Chelsea já demonstrou interesse em contar com o melhor do mundo de 2009 a 2012.
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As negociações da última janela de transferências também foram motivo de contestação interna. À exceção de Suárez, os reforços não tiveram grande impacto – Thomas Vermaelen, Jéremy Mathieu, Douglas e Rakitic, além dos goleiros Bravo e Ter Stegen, contratados para suprir a carência aberta pela saída de Victor Valdés.
A crise do Barça em partes:
– Saída de Guardiola
– Altos investimentos com baixo retorno em campo
– Renúncia do presidente Sandro Rosell
– Dificuldade na renovação do elenco
– Perda da hegemonia para os times de Madri
– Punição que proíbe contratações de jogadores até janeiro de 2016
– Conflito entre Luis Enrique e Messi
*ZHESPORTES