A cena da foto acima – carro estacionado em frente ao colégio – não poderá mais se repetir a partir desta segunda-feira. É quando o corredor da avenida Juscelino Kubitschek, na região central de Joinville, passará a ser de uso exclusivo dos ônibus e táxis no trecho entre a rua Nove de Março até a proximidade com a Ministro Calógeras.
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Todo o lado direito da via, sentido zona Sul, será garantido ao corredor. Ou seja, não haverá mais área reservada de embarque e desembarque em frente ao Colégio dos Santos Anjos.
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Quem desrespeitar o corredor poderá ser multado. Agentes de trânsito estarão no local nesta segunda-feira para evitar confusão. Provisoriamente, cones serão posicionados para bloquear a passagem de carros no espaço exclusivo.
A medida, diz o gerente de operações do Departamento de Trânsito (Detrans), Marcelo Danner, é preventiva e tem como principal objetivo evitar acidentes.
– Essas balizas não devem permanecer por mais que dois ou três dias. Vamos analisar conforme for a evolução no comportamento dos motoristas – explica.
Como a ampliação do corredor na avenida é definitiva, esta segunda-feira poderá ser lembrada como o último capítulo de uma das discussões mais polêmicas na cidade.
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De um lado, usuários do transporte coletivo consideravam abusivas as paradas de veículos nos horários de entrada e saída de alunos do colégio, bloqueando a passagem dos ônibus no trecho.
Do outro, os pais alegavam falta de vagas nas redondezas. Após receber denúncias de que as áreas de embarque e desembarque seriam ilegais, o Ministério Público entrou em cena e recomendou a retomada plena do corredor, sob o risco de ajuizar uma ação. A Prefeitura, então, acatou a manifestação e providenciou mudanças na sinalização do corredor.
Agora, caberá aos pais dos alunos buscarem ruas próximas do colégio. O Detrans recomenda as ruas do Príncipe, Abdon Batista, Jaguaruna e travessa São José. A direção do Colégio dos Santos Anjos não quis se manifestar.
Professor comemora decisão
Uma vitória. É assim que o professor André Leonardo Veridiano define a decisão da Prefeitura em acatar a manifestação do Ministério Público (MP) e garantir a exclusividade do corredor.
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Foi o professor quem protocolou no MP a queixa do uso irregular das áreas de embarque e desembarque em frente ao colégio. Mais do que levar o caso às autoridades, André ampliou o debate sobre o caso ao criar a página Não é só pelo corredor no Facebook. A comunidade já reúne 1,7 mil membros.
– A recomendação do MP coincidiu com a mesma semana em que realizamos duas ações em frente ao colégio. Senti que a Prefeitura cedeu diante das reivindicações. A leitura que faço é a de que nós vencemos – comemora.
Agora, André planeja readaptar a página para outros tópicos de mobilidade e acessibilidade.