A polêmica em torno do corredor de ônibus na JK, no centro de Joinville, está longe de uma solução por acordo. Esta semana, a Prefeitura apresentou ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) duas propostas, uma de curto e outra de longo prazo.

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O uso compartilhado do corredor pelos motoristas que estacionam em um trecho da pista para o embarque e o desembarque dos alunos do Colégio dos Santos Anjos foi parar na Justiça no ano passado.

Na primeira, já rechaçada pela direção da escola, o acesso dos alunos teria de se dar por uma servidão pela rua Jaguaruna, ao lado do Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville. Os carros poderiam entrar por ali e sair na JK, no corredor de ônibus.

A proposta também prevê a instalação de defensas metálicas (grades) na calçada da JK, em frente à escola, o que impediria o embarque e desembarque no corredor de ônibus.

A segunda proposta, de longo prazo, é a alteração do corredor de ônibus para o centro da via, mas esta solução só será possível na prática no fim do ano que vem.

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– Não aceitamos a entrada pela rua Jaguaruna. Ainda não fomos comunicados, mas não é possível usar a servidão. É muito estreita, inviável – diz a gestora do Santos Anjos, Adelina Dalmônico.

A polêmica que envolve o trânsito na avenida JK tem se acirrado há pelo menos três anos, quando vídeos e fotos começaram a circular nas redes sociais, sempre acompanhadas de comentários exaltados de ambos os lados.

As imagens quase sempre mostram o trânsito bloqueado por algum motorista ou o perigo de pedestres, na maioria das vezes crianças, motoristas, motociclistas e ônibus dividindo o mesmo espaço.

O problema é sempre pior nos horários de entrada – 7h15 às 7h45 e 13h15 às 13h45 – e saída dos alunos – 11h30 às 11h50 e 17h30 às 17h50.

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Os coletivos precisam sair da faixa exclusiva para poder seguir na avenida até o ponto após o colégio, gerando novos congestionamentos. Segundo o código de trânsito, é ilegal parar sobre o corredor de ônibus.

O motorista que desrespeitar pode receber multa de aproximadamente R$ 53 e mais três pontos na carteira. Porém, não há como manter fiscais quatro vezes por dia, todos os dias, num único ponto da cidade.

Por isso, de acordo com a proposta do Ippuj enviada à Justiça, o acesso à escola pela avenida JK não comporta o volume de veículos, por conta da baixa capacidade de escoamento para a rua Jaguaruna, causando fila e o consequente bloqueio das pistas e do corredor da JK.

Com base nisso, a Prefeitura propõe a retirada de todas as vagas de embarque e desembarque da JK. A decisão deve ser anunciada nos próximos dias, dependendo do posicionamento do MP.

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