Huang Wei Hsin

Empresário associado à Ajorpeme

Em tempos de adversidade, não basta apenas ser mais um do mesmo. Sem que seja necessário apontar qual é o fato negativo das últimas ocorrências relevantes no Brasil, é inegável um certo desânimo que paira no ar quando nos deparamos com a perspectiva de 2015 no limbo – e há quem diga que se inclua 2016. Mas o empresário brasileiro é senhor da própria competência para se recriar neste ambiente adverso.

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É imprescindível calcular o risco nas ações mais contundentes de investimento, mas o empresário local já nasceu com seu risco inicial do negócio e se tornou bom tomador de decisões das mais robustas possíveis – haja vista a sucessão de fatos contraditórios de tempos para cá, oriundos do governo atual – mas, sobretudo, tornou-se um excelente gestor das oportunidades emergentes.

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Ao menos olhemos para as oportunidades advindas desta conjuntura atual. A começar pela taxa cambial favorável à atração do mercado externo. Desde 2006 a taxa não atinge patamar USD/BRL maior que R$ 3 e não se vislumbra nos próximos anos um deságio significativo. Torna-se mais barato vender para fora.

O País continua com 200 milhões de consumidores potenciais entre etnias e culturas localizadas nas mais diversas regiões. O potencial de consumo continua sendo significativo numa nova lógica de mercado. O arrefecimento da indústria brasileira permite se beneficiar de melhor barganha na cadeia produtiva de insumos e de serviços e isto impacta diretamente no custo menor do produto.

O Brasil continua com uma das matrizes energéticas de natureza mais renovável do planeta. Queira ou não, este retrato credencia-o para maior sustentabilidade no futuro.

Historicamente, a geografia brasileira tem se mostrado à prova de cataclismos e, em consequência da maior produtividade, são recordes consecutivos na safra dos mais variados grãos em consonância com a maior demanda mundial de alimentos.

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Se há escassez de recursos, sejam materiais, financeiros, humanos ou tecnológicos, há que se repensar para ser grande em breve. E nada melhor do que garantir a produtividade como competência para acesso interno e externo, o que angaria à empresa vantagens inúmeras num ambiente de maior concorrência.

Em tempos de adversidade, quem conseguir se inovar torna-se maior, torna-se rei.