O juiz da 2ª Vara da Fazenda de Criciúma, Pedro Aujor Furtado Júnior, condenou duas pessoas a devolver R$ 707 mil aos cofres do Executivo municipal. A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina (PMSC) apontou que Dorival Giassi e Miguel Angelo Mastella cometeram crime de improbidade administrativa, ao desviar recursos utilizados para o pagamento de bolsas de estudo.

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Até 2012, a prefeitura mantinha convênio com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), período em que os valores começaram a ser desviados. Na época, Mastella era Secretário Municipal do Sistema Econômico de Criciúma e Coordenador Adjunto do Curso de Administração da UNESC, e Giassi ocupava o cargo de Pró-Reitor de Administração e Finanças da universidade.

Ao término do convênio da prefeitura com a instituição de ensino, o juiz afirma que Mastella manteve os pagamentos, enquanto Giassi solicitava os cheques à tesouraria para reembolso, mas os descontava no banco. Em 2013, a Câmara de Vereadores de Criciúma instaurou a CPI das Bolsas, para investigar os desvios. Atualmente, Giassi é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Unesc, e Mastella não tem mais ligação com a universidade.

Entre os pontos citados na decisão, o juiz afirma que ficou comprovado o enriquecimento ilícito de Mastella, mas não de Giassi. Enir Antonio Carradoni, advogado de Mastella, disse que ainda não recebeu a intimação, mas que irá recorrer. Ele alega que o cliente não praticou os atos imputados a ele, que não existem provas nesse sentido e que as conclusões do processo são frágeis, e por isso serão rebatidas mediante o recurso. Ivo Carminatti, que defende Giassi, também vai recorrer da decisão.

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