Testemunhas e o dono do hotel onde a menina Rachel Rodrigues Novaes Soares morreu no último domingo, em Balneário Camboriú, vão ser ouvidos pela Polícia Civil na tarde desta sexta-feira.

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Estes são os primeiros depoimentos tomados sobre o caso. A partir das 13h30min, o delegado responsável pela investigação, Vicente Soares, vai ouvir três pessoas: o dono do hotel, o mensageiro do estabelecimento — que foi a primeira pessoa a ajudar a mãe a tentar tirar a menina da água — e a recepcionista, que foi a outra pessoa que viu tudo acontecer.

Esses depoimentos podem esclarecer pra polícia se houve responsabilidade ou negligência do hotel no acidente. Na semana que vem, a intenção de Soares é ouvir o bombeiro responsável pela concessão do alvará do hotel e a mãe da criança — o depoimento dela será colhido em Guarujá (SP), onde ela mora.

A partir daí, o delegado Vicente Soares deve decidir se o dono do hotel vai responder por homicídio culposo.

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O afogamento aconteceu na piscina infantil do hotel que tem 60 centímetros de profundidade, segundo o Corpo de Bombeiros. O cabelo de Rachel, que tinha sete anos, ficou preso na entrada de aspiração do filtro.

Rachel estava em Balneário Camboriú com a mãe. Testemunhas contaram aos bombeiros que a menina ficou debaixo d’água por cerca de seis minutos — desde quando o cabelo ficou preso até outros hospedes conseguirem resgatá-la. Um guarda-vidas civil tentou reanimar a menina mas ela ela teve uma parada cardiorespiratória e não resistiu.

Uma lei estadual de novembro de 2015 obrigada a instalação, em todas as piscinas residenciais ou coletivas, do sistema de antisucção, para evitar acidentes desse tipo. O prazo para os estabelecimentos se adaptarem a lei, terminou em novembro do ano passado. Porém, a lei não foi regulamentada ainda por isso não se sabe quem ficará responsável pela fiscalização e nem quanto será o valor da multa a multa pra quem estiver irregular.

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Desde maio desse ano o Corpo de Bombeiros trabalha na elaboração da redação de um decreto que regulamente a lei. Hoje os bombeiros fiscalizam baseados numa normativa de 2013.