Rachel Rodrigues Novaes Soares, a menina de sete anos que morreu afogada em uma piscina de hotel em Balneário Camboriú, ficou pelo menos seis minutos submersa com os cabelos presos no ralo da piscina antes de ser retirada da água.

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A informação é do tenente Walter Mendonça Pereira Neto, do Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú. Segundo ele a ocorrência foi registrada por volta das 15h30min de domingo e um guarda-vidas civil que estava de folga e passava pelo hotel no momento do acidente foi a primeira pessoa a prestar socorro à menina. Em seguida, bombeiros e a equipe do Samu chegaram. Eles passaram pelo menos uma hora tentando reanimá-la.

O tenente informou ainda ainda que a menina estava brincando na piscina infantil do hotel, que fica na Rua 1.922, no Centro de Balneário, quando teve os cabelos sugados pela entrada de aspiração do fitro da piscina.

Segundo informações da família, Rachel viajava com a mãe junto com uma excursão vinda da cidade natal delas, Guarujá (SP). O corpo da menina foi liberado por volta da 1h desta segunda e levado de carro para o litoral paulista. A mãe dela embarcou em um avião durante a manhã.

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Lei estadual exige sistema de proteção em piscinas

A lei estadual 16.768, de 24 de novembro de 2015, determina que todas as piscinas residenciais ou coletivas no Estado de Santa Catarina precisam apresentar um sistema antissucção, “contendo ralo antiaprisionamento ou tampas de tamanho não bloqueável nos ralos de sucção”.

O texto diz ainda que os proprietários de piscinas teriam um ano para se adequar à legislação. O comandante do Corpo de Bombeiros em Balneári0 Camboriú, tenente Walter Mendonda Pereira Neto, diz que o hotel ainda não tinha o sistema instalado, mas estava com as licenças em dia.

Segundo ele, isso ocorre porque o hotel tinha conseguido a licença antes de a lei entrar em vigor e o Corpo de Bombeiros só faria a fiscalização quando a licença fosse renovada.

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— O poder de polícia do Corpo de Bombeiros Militar se baseia em uma lei que determina que a fiscalização tem que ser feita a partir das instruções normativas do Corpo de Bombeiros. O atestado de funcionamento desse hotel foi feito antes de terminar o prazo de carência da lei. Então só a partir da próxima vistoria poderia ser exigido esse dispositivo antisuccção — afirma o tenente.

(Colaborou Patrícia Silveira, da RBS TV)