Meus pais sempre me incentivaram a conhecer novos lugares e a conviver com outras culturas. No início, essas viagens eram em família. Depois dos 18 anos, passei a viajar sozinho. O resultado dessas experiências é que conheço hoje mais de 50 países. Isso foi determinante para definir a forma como vejo o mundo.
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Por curiosidade, sempre tentei entender como determinados modelos de organização social resultaram em países mais ricos ou mais pobres. Eu poderia escrever vários artigos sobre as conclusões que cheguei, mas hoje quero me dedicar a apenas uma: como povos que têm exata compreensão de qual é a sua principal atividade produtiva conseguem acelerar o desenvolvimento econômico e social de suas regiões e países.
Desafio vocês a perguntar aos parentes e amigos qual é a principal atividade econômica de Florianópolis. Questionem de onde vem a maior parte dos recursos e impostos que ajudam nossa cidade a ser considerada uma das melhores capitais do país nos indicadores de desenvolvimento social. Ouso afirmar que a maioria dirá ser o turismo ou o funcionalismo público.
Faço isso constantemente. E fico impressionado, as pessoas não sabem que a tecnologia é um dos principais arrecadadores de impostos da Capital. Por diversos motivos: é perene, não sazonal e emprega profissionais de alto valor agregado, com salários acima da média.
Exportamos para diversos países nossas tecnologias e somos reconhecidos por governos e diversos outros tipos de organizações como um dos ecossistemas mais maduros e em expansão da América Latina. Ganhamos diversos prêmios nacionais e somos chamados semanalmente para dar palestras em todo o país. E, o mais importante, injetamos recursos na sociedade, movimentando segmentos como o comércio, serviços e a construção civil. Com isso, o setor tecnológico acaba contribuindo para que o município esteja entre os melhores do país em saúde e educação pública.
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Precisamos acabar com esta dicotomia: somos admirados em vários lugares do mundo por quem está inserido no universo da tecnologia, mas nossa própria sociedade ainda não nos reconhece.
Está na hora de criarmos uma consciência coletiva de que o futuro da nossa cidade depende cada vez mais do setor tecnológico e de sua integração com outros importantes segmentos da cidade, como o próprio turismo, a construção civil e o poder público. E fazer com que cada cidadão entenda que quanto mais empresas ajudarmos a desenvolver, melhor será nossa qualidade de vida.
E aí, vamos começar conscientizando nossos familiares?
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