A Justiça atendeu pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e converteu seis prisões temporárias da Operação Trato Feito – que tinham prazo de cinco dias e se encerrava nesta sexta-feira – em prisões preventivas, que não têm duração máxima determinada por lei. A medida ocorreu no início da noite desta sexta e o Ministério Público fez o pedido para prosseguir com a coleta de dados.

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Um dos afetados com a decisão foi o empresário Lauro Stefani, diretor da PLM Construções de Tijucas. O advogado João Paulo Tavares Bastos confirmou a mudança e reclamou que a decisão, segundo ele, foi secreta, sem que a defesa tivesse acesso ao texto até a noite desta sexta.

– Ainda não tenho nem como entrar com pedido de habeas corpus, porque a decisão não foi informada aos advogados e nem publicada no site do Tribunal de Justiça. Nem sei qual o motivo da prisão preventiva – declarou.

A reportagem do Sol Diário apurou que nesta sexta-feira mais um preso deixou o Presídio da Canhanduba, o engenheiro civil e diretor técnico da Compur Giovane da Silva Constante. Mais um dos detidos também teria sido soltos entre quinta e sexta-feira, mas não teve o nome confirmado.

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Entre os que continuam detidos estão os que tiveram prisão preventiva decretada já no início da operação. São eles o secretário de Obras de Balneário, Elton Garcia, o diretor-geral da Secretaria de Obras, Fábio Gago Ramos e o coordenador do Departamento de Compras da Secretaria de Obras e Serviços Urbanos, José Magalhães Filho, o Zequinha.

O secretário de Obras inclusive teve o pedido de liberdade provisória negado pela Justiça nesta sexta. O advogado Gelson Rodrigues informou que agora vai entrar com um pedido de habeas corpus diretamente no Tribunal de Justiça, que será protocolado no fim de semana, durante plantão do TJ, ou na próxima segunda-feira.