O impasse da construção da barragem do Rio Trombudo, no Alto Vale do Itajaí, aguarda um desfecho. Isso porque, conforme o secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, o custo da obra (de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões) não é compatível com a meta de redução das grandes enchentes (6 milhões de metros cúbicos). Hobus adianta que outras alternativas já são avaliadas para o local, mas não dá detalhes para evitar especulações.

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De acordo com o projeto da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), a obra prevista para ocupar 50 hectares entre Braço do Trombudo e Trombudo Central teria 17 metros de altura e 180 metros de extensão, mas conseguiria armazenar apenas 1,18 milhão de metros cúbicos.

– O custo é alto para um barragem pequena e, como a estrutura fica abaixo da cidade, acaba não produzindo um efeito positivo para a cidade, por isso a comunidade se mostrou contra. Se for fazer acima não temos bacia de captação suficiente para guardar um volume aceitável já que ali a bacia se divide em dois rios. Tínhamos que completar o trabalho, mas tentaremos negociar uma alternativa com maior volume de captação – afirma ao ressaltar que as três barragens (Taió, Perimbó e Braço do Trombudo) deveriam guardar 17 milhões de metros cúbicos juntas.

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População se manifesta contrária à obra

De acordo com o prefeito de Braço do Trombudo, Charles Schwambach, não há nenhuma expressão favorável à obra e a opção mais viável seria a construção de diques, criando pequenas barreiras para a água:

– É uma obra que em tese não trará nenhum benefício para Braço do Trombudo, pois ela ficaria depois da cidade. Além disso, no total do sistema que será construído, a nossa barragem representaria somente 0,3% da capacidade total. É uma parte muito pequena para justificar o investimento.