A defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo chegou a ameaçar deixar o plenário em que acontece, na tarde desta terça-feira, o julgamento do tatuador Adriano Mateus, 31 anos, acusado de assassinato em Jurerê Internacional, há dois anos, em Florianópolis.

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Foi durante a manifestação do tempo de 1h30min previsto para a defesa. Fernanda e o promotor Geovani Tramontin travaram uma intensa discussão assistida pela plateia que acompanha o Tribunal do Júri e o juiz que preside o julgamento, Marcelo Pons Meirelles.

A defensora acusou o promotor de cerceamento da defesa e que se retiraria caso ele não parasse de interromper a fala dela com comentários. Ela decidiu continuar e defendeu a tese de que o tatuador matou Dijoni Deschamps, 27 anos, por legítima defesa e pediu aos jurados a absolvição dele.

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O promotor defendeu a pena máxima do réu dizendo que ele matou Dijoni com 23 golpes de tesoura e de forma sádica. Segundo o promotor, o réu estava procurando pessoas para assaltar no local.

Sobre os 28 boletins de ocorrências que o promotor disse pesar contra o réu, a defensora afirmou que ele não tem condenação em Santa Catarina, apenas um indiciamento e que as outras ocorrências foram sem fundamentação.

– Restaram dúvidas se era assalto e quem começou as agressões. O que há nos autos é que ele (Dijoni) saltou do carro e foi em direção ao réu – declarou a defensora, dizendo que os golpes foram de defesa da gravata dada pela vítima no acusado durante a briga.

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A defensora não usou todo o tempo previsto. O julgamento está no intervalo.