Familiares e amigos de Dijone Deschamps, 27 anos, assassinado em Jurerê Internacional há dois anos, vão acompanhar nesta terça-feira o julgamento do acusado pela morte, Adriano Mateus, 31, no Fórum de Florianópolis.

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Segundo o pai de Dijone, o gerente de produção Pedro Paulo Deschamps, 57 anos, um grupo vai sair de Gaspar, no Vale do Itajaí, a cidade da vítima, para assistir ao júri (leia entrevista).

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O crime aconteceu no dia 8 de janeiro de 2012. Segundo a Polícia Civil, o autor do crime, Adriano Mateus, abordou um grupo de cinco pessoas (quatro mulheres e um homem) no estacionamento próximo a uma festa para roubar.

A vítima, conforme familiares, teria reagido e levado 20 golpes de tesoura. Dijone, que era natural de Gaspar e morava em Florianópolis, foi socorrido, mas morreu no hospital.

Mateus foi preso em flagrante na época pela Polícia Militar caminhando na praia. No momento da abordagem estava com uma tesoura com vestígios de sangue em sua mochila.

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Família irá fazer camisetas com a foto de Dijone. Foto: divulgação

Ele negou o crime ao ser detido, mas depois confessou a morte, conforme consta no processo. O DC não conseguiu contatar a defesa de Mateus, que segue preso.

O julgamento começará às 13h30min, no Fórum da Capital, será presidido pelo juiz Marcelo Pons Meirelles e na acusação atuará o promotor Geovani Tramontin.

ENTREVISTA: Pedro Paulo Deschamps, pai da vítima

Diário Catarinense – A família vai acompanhar o julgamento?

Pedro Paulo Deschamps – Sim, a família, amigos, um grupo de 10 a 15 pessoas. Fizemos camisas com a foto do meu filho, uma forma de pressionar e mostrar que ele tinha família, que era um cidadão e estava no auge da carreira. Era formado em relações internacionais, trainee em comércio exterior em Palhoça, se profissionalizou em línguas na Espanha e Londres.

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DC – O que aconteceu naquela noite? Foi assalto mesmo?

Deschamps – Ele estava no Café de La Musique em Jurerê e quando eles saíram e foram para o estacionamento foram abordados por esse cara que veio para roubá-los. Me parece que ele saiu e reagiu, aí o cara estava armado com uma tesoura. Ele levou uns 20 golpes de tesoura.

DC – O senhor tem receio que o acusado seja solto e absolvido?

Deschamps – Eu temo. Uns cinco dias antes da morte do meu filho ele atacou um turista do Rio, agrediu, colocou o cara no hospital, um senhor que passou 60 dias na UTI. Graças a Deus que sobreviveu. Ele foi preso e soltaram, tem passagem… Tudo o que eu fizer não vai trazer o meu filho de volta, mas eu quero justiça para que realmente não soltem ele e não cometa crime novamente, pois seria aí mais uma família despedaçada.