As chances de o Criciúma subir para a elite nacional são mínimas e a diretoria já admite que o momento é de pensar na próxima temporada. Apesar de ter assumido o clube no fim da temporada de 2015, pode-se considerar que este ano foi o primeiro realmente de Jaime Dal Farra no comando da equipe.
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O presidente havia informado que o ano seria de economia e isso foi percebido no Campeonato Catarinense, em que a diretoria apostou em uma equipe mais barata e com vários atletas da base. Um deles se destacou muito e foi bem vendido ao Palmeiras. O dinheiro de Róger Guedes ajudou o clube a equilibrar as contas e trouxe vários outros atletas emprestados do clube paulista.
O ano também foi de outras vendas valiosas para os cofres, mas que prejudicaram o desempenho em campo e as chances de acesso à Série A. As saídas de Ezequiel e, principalmente, de Gustavo – na época artilheiro da Segundona – fizeram o técnico Roberto Cavalo ter que encontrar uma nova maneira de escalar a equipe. Até esse time se encontrar, o Tigre perdeu muitos pontos e se distanciou do G-4.
Renovação com o gestor
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A primeira prioridade parece ser a renovação com o diretor de futebol Paulo Palaipe, que chegou em agosto ao clube.
– Estamos conversando, sim, há o interesse de ambas as partes, mas independentemente disso, ele quer ficar, gostou da cidade, gostou do nosso projeto, gostou do Criciúma. Temos a intenção de ficar, sim, estamos planejando – explicou Jaime Dal Farra à Rádio Eldorado, de Criciúma.
O experiente cartola, que tem passagens por Grêmio e Flamengo, também mostrou seu desejo de continuar.
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– Gostei do clube, é grande. A cidade também agradou. Tenho interesse em ficar, fico feliz em saber do interesse do presidente. Ano que vem vamos fazer um time, um grupo para subir. Os profissionais têm que saber que o clube é grande, tem que ganhar, botar faixa. Temos que trazer reforços para ganhar, para conquistar objetivos, para ganhar o Catarinense, subir de série. Fazer campanha boa na Primeira Liga e representar bem a cidade na Copa do Brasil – disse Pelaipe, também à Eldorado.
Os personagens da arrancada para o próximo ano
O ano de 2017 não começa no campo, mas sim nas conversas de bastidores. Apesar de ainda faltar quatro rodadas para terminar a Série B, o Tigre projeta a próxima temporada. O primeiro passo é definir a continuidade do diretor de Futebol Paulo Pelaipe e do técnico Roberto Cavalo.
Roberto Cavalo
Treinador do Tigre desde outubro de 2015, Roberto Cavalo tem contrato até dezembro de 2017. Mesmo assim, sua permanência não é garantida. O treinador teve bons momentos no ano, mas, ao fim da temporada, ficou um gosto amargo para o torcedor tricolor que quase viu seu time na final do Catarinense e lutando pelo acesso à Série A.
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– Falar agora o que precisamos ou queremos é difícil. Acho que estamos em dívida com o torcedor do Criciúma. Existe a cobrança e a possibilidade de fazer um time forte para brigar pelo título e ser campeão catarinense. Daí, com o time mais entrosado para disputar o Brasileiro da Série B. No momento, temos que avaliar bem esse grupo – disse o técnico.
Jaime Dal Farra
O presidente do Criciúma começa a preparação para a próxima temporada mais experiente, já que esse foi seu primeiro ano no futebol.
– Temos um elenco bom, ficamos na parte de cima da tabela, vamos buscar reforço dentro do orçamento do clube. Não vamos fazer loucura. Temos mapeado vários jogadores com baixo custo e ótima qualidade. Temos parcerias, até oito jogadores do Palmeiras para vir dentro da negociação do Róger Guedes. Com o Corinthians também já temos um compromisso de dois atletas. Com o Cruzeiro também, até dois jogadores. Tem Inter, Grêmio e Flamengo que temos um bom contato. A gente consegue alguns jogadores que podem despontar e eles têm interesse em botar no Criciúma, que é uma vitrine.
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Paulo Pelaipe
Pelaipe é um dirigente experiente e que chegou apenas em agosto no clube, com pouco tempo para atuar no futebol. Se continuar no Tigre, ele terá a missão de montar o time tricolor.
– O primeiro objetivo da administração do presidente ele conseguiu: estabilizar o clube, não ter sobressalto. A essa altura no ano passado, estava todo mundo com o coração na mão, jogando para não ir para a Série C. Temos agora esses jogos que faltam com dignidade, pela honra dos profissionais e também pela camisa do clube, que é muito importante – analisou Pelaipe.
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