O menino de três anos que foi atacado na última terça-feira por um cão, da raça pitbull, saiu nesta sexta-feira da UTI do Hospital Pequeno Anjo e foi transferido para um quarto, onde permanece internado. Segundo a avó da criança, Maria Alves, ele está melhorando e já conversa com os familiares. O garoto, que teve o lado direito do rosto ferido, ainda não tem previsão de alta.
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O cão que atacou o menino pertence ao pai dele, e teria ficado nervoso com a entrada de um entregador em casa. O animal está sob observação no Canil Municipal de Itajaí. Se ficar comprovado que se trata de um cão agressivo, ele poderá ser sacrificado.
Crianças e cachorros de grande porte
Com as orelhas pequenas, cabeça quadrada e músculos fortes, os cães da raça pitbull, segundo especialistas, só se envolvem em tantas polêmicas e ataques por sua força e tamanho e que não há nada relacionado com seu temperamento.
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Ele não seria nem mais bravo que os demais, nem mais manso, o problema é que não admite erros de criação, um pequeno deslize pode se tornar em uma tragédia. O especialista em psicologia canina há mais de 20 anos, Gustavo Fleury, explica que a resposta para os ataques violentos pode estar em um músculo da mandíbula do animal que propicia uma mordida infalível, precisa e extremamente forte.
E para todos aqueles que tenham cães de grande porte, de qualquer raça, não é aconselhável deixá-los sozinhos com as crianças.
– Bem adestrado um pitbull pode proteger a casa e ser muito dócil com o dono, mas para isso o proprietário tem que saber que seu ção precisa de uma atenção, de adestramento e de muito espaço para correr e brincar – diz Gustavo.
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Legislação
O caso do menino atacado por um pitbull em Itajaí, no Litoral Norte, nesta quarta-feira, levanta a questão sobre a legislação vigente no Estado sobre o tema.Santa Catarina tem duas leis estaduais em vigor relacionadas à conduta de pitbulls e cães de guarda.
A mais recente, nº 14.204 de 2007, é rígida e chega a proibir a criação, venda e circulação de pitbulls no Estado. Segundo o governo do Estado, as normas valem mesmo que a lei não preveja regulamentação – ou seja, não há nenhuma secretária, órgão ou autarquia estadual responsável pela fiscalização.
A outra lei, nº 11.096 de 1999, foi atualizada em janeiro de 2012 e vale para o caso em que o pitbull é treinado como cão de guarda. O texto estabelece multa a partir de R$ 2,5 mil a donos de cachorros que atacarem e ferirem pessoas em locais públicos.
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