Enquanto uns choram, outros vendem lenços. Hoje, o ditado popular talvez seja o que melhor expressa a realidade econômica de quem atua diretamente com o comércio.
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Em Joinville, os superintendentes dos dois maiores shopping centers da cidade – Mueller e Garten – concordam que quando o cenário econômico apresenta instabilidade e falta confiança de consumidores e investidores, a última coisa que o setor deve fazer é pisar no freio.
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– O Brasil enfrenta uma crise mais de confiabilidade do que econômica. E é justamente em momentos assim que o comércio não permite amadorismo. É preciso fazer bem a lição de casa – diz Áurea Raquel Pirmann, que à frente do Shopping Mueller garante que o investimento para criar um cenário novo e adaptável à economia nacional já tem dado resultados.
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As vendas no Mueller tiveram um crescimento real de 6,5% no primeiro trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. No Garten Shopping, o diretor Michael Domingues explica que os números de 2015 só têm dado, até então, motivos para colocar o pé no acelerador.
– Em relação a março de 2014, o aumento nas vendas foi de 9,7%, além de um acréscimo de 6,8% no fluxo real de pessoas pelo Garten. É inviável que em um momento como este eu não aproveite para expandir ainda mais os negócios.
Nos dois shoppings, que juntos empregam mais de 330 funcionários diretamente, a realidade do mercado nacional tem, sim, batido na porta de algumas franquias, principalmente das menores. Áurea explica que nos grandes franqueados, oscilações econômicas fazem parte da rotina, e a adaptação é mais fácil.
– Quem sofre mais são as empresas que trabalham com franquias pequenas. Mas o lado bom é que isso estimula a criatividade e o profissionalismo. É quando apostamos em campanhas e ações de marketing. Tudo um grande trabalho em equipe.
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No Garten, Michael garante que o aconselhamento e o diálogo aberto com franqueados e lojistas é que faz toda a diferença. Para ele, é importante que o gestor saiba como está a situação em todas as esferas do empreendimento.
– É muito mais fácil localizar quais negócios estão saudáveis e quais precisam de ajuda ou orientação. Aqui, este trabalho já deu resultados em 2015 e logo anunciaremos mais uma grande marca exclusiva em Joinville.
Praticidade e exclusividade
Mueller e Garten Shopping têm entre si uma diferença crucial: enquanto o primeiro, localizado no Centro da cidade, é um shopping de passagem, ou seja, faz parte do dia a dia da população, o segundo é um empreendimento de destino, onde o visitante se programa exclusivamente para comprar, comer ou fazer algo no local. Apesar de não parecer, esta é uma diferença que diz muito sobre a estratégia de mercado de cada um deles.
– Nossos clientes nos enxergam como um destino, então temos de nos comportar como tal. O tempo médio de permanência no Garten é de duas horas e quinze minutos, enquanto a média nacional é de 76 minutos – explica Michael.
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Para o diretor, o tempo de permanência do consumidor serve como um alerta, deixando claro que o visitante quer novidades, produtos e franquias exclusivas. No Mueller, uma realidade cria um cenário de mercado diferente. De acordo com Áurea, mais de 10 milhões de pessoas passam todos os anos pelo Mueller, reflexo da localização estratégica no Centro.
– Isso faz com que a gente aposte em um setor de serviços bem equilibrado. A ideia é que nosso cliente encontre aqui tudo o que precisa, oferecer um mix de soluções. Nesse cenário, temos apostado nessa linha, e o momento econômico brasileiro tem nos favorecido bastante nesse início de 2015. Acho que, daqui em diante, os números só sobem.

