Reduzir em 40% o tempo da obra e deixar o preço de um apartamento até 20% mais barato. Estas são algumas das expectativas da Rôgga Empreendimentos, de Joinville, ao colocar em prática o chamado processo industrial de construção (PIC). Dentro de um centro de preparação e logística (CPL) de 2 mil m² que está sendo instalado no Perini Business Park – e que deve começar a operar no início de maio -, a empresa vai padronizar processos construtivos de edifícios.
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Na prática, esse centro vai criar uma espécie de linha de produção industrializada, dotada de alta tecnologia, das estruturas que compõem as obras de prédios, como lajes e escadas, por exemplo. Uma das grandes vantagens é que elas serão preparadas longe de intempéries como a chuva, que costuma atrasar os trabalhos nos canteiros de obras tradicionais, a céu aberto.
Dali, padronizadas e com a mesma resistência e durabilidade do processo convencional, elas saem prontas rumo aos terrenos que vão receber os empreendimentos previstos pela Rôgga. O CPL terá capacidade para produzir até oito apartamentos por dia, o equivalente a cerca de 700 m² de área.
O projeto é inédito no País e deve ser implementado em cinco etapas, gradativamente, ao longo dos próximos 18 meses. Para viabilizá-lo, a Rôgga vai investir R$ 18 milhões. Cerca de R$ 15 milhões dos recursos vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que aprovou o projeto. O restante é contrapartida da empresa.
Segundo o diretor-presidente Vilson Buss, a utilização dessas novas tecnologias, além de acelerar as obras e baratear o valor do imóvel, pode reduzir a utilização de mão de obra e baixar em mais de 90% o volume de madeira e em 80% os entulhos gerados durante os trabalhos.
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O projeto faz parte de um esforço da Rôgga na busca de sustentabilidade em seus processos, algo que não está ligado apenas à construção de empreendimentos verdes (aqueles erguidos em harmonia com o meio ambiente e que aproveitam ao máximo os recursos naturais), mas também à qualidade e à competitividade dos projetos imobiliários assinados pela empresa.
– Ser sustentável não é apenas ser verde. É, além de buscar eficiência ambiental, ser mais competitivo e ter mais qualidade. É nesse tripé que apostamos – destaca o executivo.
Mais de mil apartamentos neste ano
Prestes a completar dez anos, a Rôgga já entregou 19 prédios residenciais, que totalizam 1,9 mil apartamentos. Eles estão espalhados nas cidades de Joinville, Jaraguá do Sul, Penha, Balneário Piçarras e Barra Velha. Para 2015, serão seis lançamentos, que somam 14 torres e 1.264 imóveis. E no ano que vem, estão previstos mais dez empreendimentos.
A empresa encerrou 2014 com uma receita líquida de R$ 95,5 milhões, um crescimento de 42% na comparação com o ano anterior. O lucro líquido também subiu: passou de R$ 7,4 milhões para R$ 13,4 milhões. Em 2015, a construtora prevê acréscimo de 25% nas vendas.
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