Já se passaram mais de 15 dias e o mistério sobre o paradeiro do jovem Wesley Lopez, 25 anos, persiste em Araquari, no Litoral Norte. A Polícia Militar, que chegou a abrir inquérito policial para investigar o envolvimento de PMs no caso, descartou essa possibilidade após uma testemunha afirmar em depoimento que viu Wesley vivo na noite de 1º de outubro.
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Em contrapartida, outras duas testemunhas que prestaram esclarecimentos anteriormente afirmaram que viram o rapaz ser abordado pela PM e levado pelos policiais na viatura.
O comandante do 27º Batalhão da PM em São Francisco do Sul, tenente-coronel José Carlos Bernardes, responsável pela investigação, afirma que, para a PM, Wesley está vivo e deixou a família por conta própria.
– Encerramos as buscas depois que foi confirmado pela testemunha que ele foi visto vivo nas proximidades, até porque não temos efetivo para isso – disse.
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Segundo o comandante, os dois policiais relataram em depoimento que estiveram no loteamento Santo Antônio, no bairro Itinga, na madrugada de 28 de setembro, mas negaram ter feito a abordagem e retirado Wesley do local.
– Eles disseram que foram até lá e ficaram parados observando a movimentação na rua, já que o local é conhecido pelo uso e tráfico de drogas – conta Bernardes.
Como os policiais quebraram o protocolo ao não relatar que foram fazer rondas no local, a investigação continua e eles podem ser advertidos formalmente.
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A Polícia Civil também abriu inquérito para investigar o desaparecimento. Segundo o delegado titular de Araquari, Rodrigo Aquino Gomes, já foram ouvidas as duas testemunhas que dizem ter visto Wesley ser levado pelos policiais militares e os pais do jovem.
O delegado pretende ouvir nesta semana os policiais e a terceira testemunha que relata ter visto Wesley vivo em um bar na companhia de outros rapazes. Gomes também teve acesso ao itinerário da viatura, que é rastreada por GPS, e confirma que o veículo esteve no loteamento Santo Antônio na noite do desaparecimento.
Enquanto isso, a família de Wesley continua sofrendo pela falta de notícias.
– Meu Deus, cada dia que passa eu fico mais abalada. Estou ficando sem esperanças já – disse a mãe do jovem, Sueli Lopez, 48 anos.
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