Os consumidores que aguardavam a chegada de combustível em Joinville receberam boas notícias nesta quarta-feira (30). Escoltados por veículos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Exército, até as 16 horas pelo menos 25 caminhões tanque conseguiram realizar o trajeto da base distribuidora, em Guaramirim, até a cidade. A informação logo se espalhou pelas redes sociais e, em pouco tempo, motoristas já faziam filas nos estabelecimentos desde a manhã desta quarta.
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O abastecimento começou a ser realizado na noite de terça e deve ser totalmente normalizado nos próximos dias, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro-SC). A expectativa é que até sexta-feira todos os postos de Joinville já tenham recebido combustível.
— Eu fiquei sabendo pelos vizinhos que ia chegar gasolina aqui. Ainda tenho algo no tanque, mas como tenho uma pessoa doente em casa preciso me prevenir — conta Solange Garcia, que já aguardava no posto da rua Graciosa há cerca de uma hora.
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No final desta manhã, o caminhão-tanque não havia chego ainda ao endereço, mas os moradores já aguardavam na fila – que ia até a rua Monsenhor Gercino, passando por um pedaço da Florianópolis na contramão do fluxo. Para organizar o atendimento, o estabelecimento distribuiu senha aos clientes.
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Já o estabelecimento localizado na rua Albano Schmidt, no bairro Comasa, começou a receber gasolina comum e diesel por volta das 11h30 desta quinta. Meia hora depois, os veículos já se acumulavam por mais de um quilômetro de distância nas ruas ao redor. Entretanto, a fila no local começou bem antes do caminhão chegar para abastecer a unidade, já nas primeiras horas desta quarta-feira.
A formação de fila mais cedo ocorreu porque os vizinhos começaram a repassar a informação que havia a possibilidade de o posto receber gasolina e, assim, alguns motoristas já se reuniram no local no início da madrugada, para garantir o abastecimento.
— Eu dormi aqui hoje, tô até com o cobertor no carro. Estou na reserva e precisava encher o tanque. Ontem minha esposa, que é deficiente, faltou no médico porque eu não tinha gasolina para leva-la — explica o consumidor Paulo Walendorf.

Uma liminar – para liberar os caminhões na base distribuidora – foi solicitada pelo Sindipetro-SC – e acatada pelo juiz no último sábado (26). O administrador do posto do Comasa, João Dutra Leites, conta que desde que saiu a decisão vem acompanhando as negociações da categoria para conseguir a escolta e restabelecer o abastecimento na cidade.
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O posto que ele gerencia está com as atividades paradas desde domingo, quando finalizou o estoque de gasolina e etanol. Segundo Leites, o prejuízo dos dias sem combustível ainda foi não calculado, mas pode alcançar os R$ 25 mil.
— Agora nós estamos tentando conseguir mais caminhões tanque particulares para aproveitar a escola da PRF e do exército e, desta forma, garantir mais litros para abastecer todas as pessoas que já estão sem gasolina — afirma Leites.
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