A greve dos caminhoneiros impactou também no movimento de passageiros na rodoviária de Joinville durante a véspera de feriado. Na manhã desta quarta-feira, havia fila para compra de passagens em uma empresa de transporte, mas pouco movimento nos corredores do terminal.

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O fiscal de plataforma da rodoviária, Valter Mainardes, diz que o movimento de passageiros diminuiu um pouco durante a greve dos caminhoneiros, assim como as linhas de ônibus. No entanto, ele acredita que deva aumentar a procura por passagens durante o período da tarde.

As empresas de transporte estão cancelando ou remanejando horários de ônibus por causa das paralisações. A orientação é dos passageiros procurarem os guichês para saber sobre a oferta de linhas e horários. Foi a instrução passada para a aposentada Terezinha de Jesus Ramos, de 62 anos.

— Eles (a empresa) disseram que eu só conseguiria comprar a passagem na hora porque precisava saber se ia ter ônibus disponível. Fiquei com medo de não conseguir — conta.

Ela mora em Ponta Grossa (PR) e decidiu visitar a filha em Joinville. Chegou há dez dias e planejava voltar para casa no último domingo. Porém, ficou esperando para ver como ia ficar a situação da greve dos caminhoneiros. Com a passagem em mãos, ela se tranquilizou e aguardava para embarcar na manhã desta quarta-feira.

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Houve também quem optou em viajar de ônibus para economizar combustível, já que os postos de Joinville estavam desabastecidos até o final da manhã. A dona de casa Elizabete Soares, 26 anos, comprou passagem para Itajaí para ela e os dois filhos, Camily, 11 anos, e Davi Lucca, três meses.

Ela vai com frequência para a cidade visitar os familiares, mas sempre de carro. Desta vez, teve de mudar o meio de transporte porque o veículo já estava com a gasolina no fim. Ela ligou para a empresa de transporte e entrou no site da companhia para ver qual era a situação. Escolheu o horário e foi comprar pessoalmente para garantir que conseguiria viajar.

— Ainda dá um frio na barriga porque ontem (terça-feira) o ônibus que eu ia pegar foi cancelado por causa de uma manifestação na rodovia. Dá medo de acontecer hoje de novo — conta.

A preocupação de Elizabete também era ter que circular sem carro por Itajaí com o bebê, mas está disposta a enfrentar a adversidade para não ficar em casa durante o feriado.

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