Construção da sede do IFSC em Itajaí se aproxima da metade da obra

Retomada em março, após mais de três anos paralisada, a construção do campus do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em Itajaí se aproxima da metade. O prazo para terminar a obra é 17 de fevereiro de 2015 e, tendo até agora apenas atrasos pontuais em razão das condições do tempo, a data para conclusão dos trabalhos está mantida. A expectativa é de que 80% do prédio esteja pronto até o fim de dezembro e que as aulas no novo espaço possam começar no máximo em março do ano que vem, o que ainda será confirmado nos próximos meses.

A empresa Concretil, que venceu a licitação para tocar a obra da sede em Itajaí, trabalha agora na pintura externa, em ajustes no auditório e na parte de infraestrutura do piso térreo nos três blocos, incluindo colocação de portas, instalações de banheiros e parte elétrica. As duas guaritas do local, uma para pedestres e outra para veículos, estão em fase de acabamento, assim como o sistema de esgoto. Até novembro deve ser feita a subestação elétrica, que vai distribuir toda a energia do prédio. Os outros dois andares estão praticamente prontos, faltando apenas alguns detalhes da fiação elétrica.

– É um alívio ver a obra caminhando. Precisamos ter boas condições para alunos e servidores, e isso não é possível sem espaço, sem salas de aula adequadas. E é importante também para a aplicação dos recursos, porque tendo sede própria vamos investir no que é nosso – destaca o diretor-geral do campus de Itajaí, Carlos Alberto Souza.

O campus

O campus Itajaí funciona provisoriamente desde 2010 em um prédio alugado na Rua Tijucas, no Centro. Atualmente, atende cerca de 400 alunos e oferece cursos técnicos e de qualificação. A sede própria ficará no Bairro Ressacada, ao lado da Câmara de Vereadores. Após a conclusão da obra, o campus terá quatro blocos de três andares, auditório e cantina, totalizando mais de 6 mil m² de área construída e terá capacidade para atender cerca de 1,2 mil alunos.

Linha do tempo

2006 – Prefeitura doa terreno de 30 mil m² na Avenida Contorno Sul, ao lado da Câmara de Vereadores, para a construção do prédio do IFSC.

2008 – Edital para a construção do prédio, de 6,3 mil m², é lançado e a Costa Azul é anunciada como vencedora. O contrato foi assinado dia 23 de dezembro, com vigência de 540 dias e valor de R$ 4,7 milhões. Foi fixado prazo de 365 dias para a execução da obra.

2009 – Por causa da enchente de novembro 2008, a terraplanagem, de responsabilidade da prefeitura, atrasou. O IFSC lançou um edital para realizar um aterro parcial para que a obra pudesse começar, o que aconteceu ainda no primeiro semestre. O restante da terraplanagem foi feita pela prefeitura em outubro.

2009 – As obras começaram com atraso no dia 20 de maio, com o estaqueamento da cantina. Foram feitos dois aditivos no contrato, prorrogando os prazos para 31 de maio de 2010 e outro para 30 de setembro de 2010.

2010 – O IFSC encaminhou ofício para a Costa Azul reclamando que havia um número insuficiente de operários. Em fevereiro, foi aberto um processo administrativo. Mas só em novembro, depois que o contratou expirou, é que foi solicitado que a empresa se retirasse da obra.

2011 – Em janeiro, o IFSC finalizou o processo administrativo e pediu a multa de 10% do valor fosse pago em 90 dias. Desde então, a empresa entrou na Justiça, questionando a aplicação da multa e pedindo para retomar os trabalhos.

2012 – O IFSC tenta lançar um novo edital de concorrência para contratar uma empresa que terminasse a obra, mas a Justiça pediu a anulação, o que aconteceu em maio.

2013 – Decisão da Justiça Federal suspende a liminar que impedia a continuidade das obras no campus do IFSC e a instituição lança um novo edital para contratar outra empresa para concluir a obra. Empresa Concretil vence a licitação e assina o contrato em março, com prazo de 330 dias para terminar os trabalhos. O edital, em Regime Diferenciado de Contratação – Contratação Integrada, prevê a revisão dos serviços já executados, elaboração e execução de novos projetos, além de não ser permitido aditivos, nem de tempo, nem de dinheiro.