O Conselho Deliberativo do Figueirense aprovou a parceira com grupo de investidores na noite desta segunda-feira. O contrato que transforma o Alvinegro em clube-empresa foi aprovado por maioria dos votos. Também na reunião extraordinária, realizada no Memorial do Orlando Scarpelli, o presidente Wilfredo Brillinger abriu mão de cadeira no conselho administrativo do clube-empresa e segue apenas como presidente do clube, de forma institucional. Vice-presidente do clube, Dario Ferreira da Silva, e Luiz Carlos Sombrio, presidente do Conselho Fiscal, são os representantes do clube na administração.

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Os conselheiros aprovaram por 85 votos e apenas dois contrários as mudanças. Logo após a votação, o clube anunciou que Milton Cruz será o técnico do Figueirense para o decorrer da Série B.

Além de novo técnico, o Figueirense terá um CEO. Trata-se do matemático Alexandre Bourgeois, com rápida passagem pelo São Paulo em 2015. Nesta terça-feira, ele dará uma entrevista coletiva no Estádio Orlando Scarpelli para falar sobre o projeto.

— A parceria está definida e selada. O Figueirense está dando um passo enorme no seu futuro. É um projeto que na minha reeleição em 2014 coloquei como condição essencial. Só participaria se a gente transformasse o clube em empresa de futebol. Desde lá a gente vem trabalhando para montar a estrutura que montamos. Por isso é que fomos procurados por investidores que chegaram até o Figueirense, pois o clube estava pronto. Além da marca, que é muito forte, é um clube com torcida, o que os investidores procuravam para ter sucesso com a proposta. — declarou o presidente Wilfredo Brillinger.

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Em alguns momentos da reunião houve discussão acalorada. O contrato não foi lido integralmente, por ter ficado disponível aos conselheiros nos três dias que antecederam a reunião extraordinária. O conselho fiscal e escritório de advocacia, contratado especialmente para a análise, deram parecer favorável à aprovação.

A proposta de grupo de investidores anônimos prevê gestão por meio conselho de administração em sistema de clube-empresa por 20 anos, prorrogáveis por mais 15 (a proposta anterior era de 20 na prorrogação). O homem forte será o CEO Alexandre Bourgeois, matemático que trabalhou por breve período no São Paulo. Ele estava presente na reunião desta segunda-feira.

Na última segunda-feira foi apresentada a proposta de grupo de investidores. Eles propõem investimentos esportivos – como retorno à Série A imediatamente e classificação à Libertadores da América – e aporte financeiro para saldar a dívida de R$ 70 milhões.

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— O Figueirense, sob o ponto de vista jurídico e legal, estava preparado para recepcioná-los. Hoje é dia histórico para o clube. O que os investidores têm nos colocados é de fazer o Figueirense fazer parte dos grandes clubes do futebol brasileiro, colocando metas esportivas bastante audaciosas, como ter 75% de participações na Série A, conseguir um título brasileiro, ter participação em Sul-Americana e Libertadores. Com essa parceria, o Figueirense vai dar um salto muito grande — complementou Brillinger.

Diferentemente da reunião da semana passada, não houve manifestação de torcedores em frente ao portão 3, que dá acesso ao Memorial do Scarpelli.

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