O volume de chuvas da madrugada, que chegou a 110 mm em Florianópolis, provocou transtornos no trânsito e no transporte público na manhã desta quarta-feira (17). Segundo a Defesa Civil, não houve registro de desalojados e desabrigados. Porém, o órgão recebeu pelo menos 250 ligações de moradores comunicando pontos de alagamento na Capital.

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Segundo o diretor da Defesa Civil Municipal, Luiz Eduardo Machado, os alagamentos voltaram a atingir os bairros Rio Vermelho, Ratones e Ingleses, no Norte da Ilha, e Campeche, no Sul, que já haviam sofrido com as fortes chuvas da semana passada. Porém, o acumulado desta madrugada foi menor.

Dona Maria da Silva, de 65 anos, que é moradora do Ratonas, está desde a semana passada sem sair de casa por causa da ponte que caiu na Servidão Hercílio Augusto da Cunha. Como a estrutura está improvisada, ela não consegue passar com a filha de 30 anos que é deficiente física.

— A gente está preocupado. Essa noite fiquei sem dormir. Quando chove forte, a água do rio pode levar o resto da ponte — disse Maria.

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Outro pontos crítico é na SC-406, entre a Barra da Lagoa e a Praia Mole, cuja encosta sofreu deslizamento na semana passada e continua oferecendo risco de novo desmoronamento. O trânsito foi restrito a meia pista por segurança.

Na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição, uma cratera se abriu no meio da rua por causa da chuva. O trânsito está sendo monitorado pela Guarda Municipal, que libera cada um dos sentidos em momentos distintos, por meio de pista reversa. A orientação da Secretaria Municipal de Segurança é para que turistas e moradores evitem, se possível, a zona Leste da Ilha.

O transporte coletivo está suspenso no Morro da Lagoa e na SC-406, entre a Barra da Lagoa e a Praia Mole, por risco de deslizamento. Os ônibus estão fazendo o trajeto da semana passada, pelo Norte da Ilha.

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Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade, estão interrompidas as linhas 360 (Barra da Lagoa), 363 (Joaquina), 840 (TICAN/TILAG) e 850 (TILAG/RIO VERMELHO), pois todas elas passam pelas Rendeiras.

No Sul da Ilha está interrompida a linha 463 (Castanheiras via Eucaliptos) por causa de água na via. A operação está sendo feita pela 464 (Castanheiras via Gramal).

Moradores e equipes da Secretaria de Obras estão trabalhando para desentupir boeiros e dar vazão à água que se acumulou nas Dunas da Joaquina e em um campo de futebol próximo. A água acumulada desceu por uma viela e ficou retida na Avenida das Rendeiras .

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— Desde a hora que a chuva começou está assim, o problema é que é muita areia e entupiu os boeiros. Não houve nenhum dano nas casas. O problema maior é o pessoal que está trancado aqui e essa água que não para de descer — disse o comerciante Jair Fernando da Silva, 42 anos.

Na Avenida Madre Benvenuta, no bairro Santa Mônica, há um ponto de alagamento em frente à Udesc. Os carros estão conseguindo passar com bastante cautela. Funcionários da universidade estão trabalhando para desentupir os boeiros e liberar a água acumulada.

Confira um vídeo com os transtornos na Capital

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