A rebelião da última quarta-feira, em que colchões foram queimados e dois detentos chegaram a ser feitos de refém no Presídio Regional de Joinville, deve resultar em punição aos presidiários identificados como líderes da ação. A conduta de um agente penitenciário, acusado por detentos de desrespeitar familiares em visitas, também será apurada.
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Os procedimentos foram determinados pelo juiz titular da Vara de Execução Penal de Joinville, João Marcos Buch, após conversa com internos da chamada galeria máxima, que era ocupada por 39 presos, local onde ocorreu a rebelião.
O juiz ainda requisitou informações sobre a falta de aviso prévio da direção quanto à proibição de visitas no dia da rebelião e em relação a uma operação pente-fino realizada no dia 11 de novembro.
Um dos motivos que teria desencadeado a rebelião foi a suspensão das visitas à galeria máxima na quarta-feira. Após o tumulto, detentos também se queixaram da permanência no presídio de internos já condenados (o lugar para quem cumpre pena é a penitenciária).
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Por determinação do juiz, os detentos condenados em regime semiaberto vão permanecer na Penitenciária Industrial, para onde foram levados 37 presos após a rebelião. Os demais condenados, no entanto, dependerão da abertura de vagas na unidade.
Até o fim do ano, conforme comunicou o juiz, um armário com chave será providenciado para os pertences de familiares dos detentos – há reclamações no que diz respeito à estrutura para receber os visitantes.
De acordo com Buch,não haverá transferências para outras cidades sem autorização judicial e somente aqueles identificados como líderes da rebelião vão responder a incidente disciplinar. Na prática, os presos podem ter suspensos benefícios como as saídas temporárias da prisão.
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