Após a rebelião que se estendeu entre o fim da manhã e o começo da tarde desta quarta-feira no Presídio Regional de Joinville, 37 detentos que ocupavam a chamada galeria máxima da unidade foram transferidos para a Penitenciária Industrial, que fica no terreno ao lado.
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Segundo o juiz titular da Vara de Execução Penal, João Marcos Buch, os transferidos só deverão voltar ao presídio depois que os danos à estrutura da galeria forem reparados. Portas foram quebradas e houve pane na parte elétrica. Transferências para outras cidades, no entanto, estão praticamente descartadas e dependerão de autorização judicial.
O magistrado conversou com três detentos para esclarecer o que motivou a rebelião – ela teve fim porque os internos se renderam, sem necessidade do uso de força. Conforme o juiz, as principais reclamações se voltaram contra a suspensão de visitas e a falta de diálogo com a direção. Também houve queixas quanto ao tratamento dado aos familiares em visitas, além da permanência de detentos já condenados no presídio, enquanto deveriam estar na penitenciária.
-Eles dizem que são presos e entendem que têm uma pena a pagar, mas reforçam que os familiares não precisam passar pelos mesmos constrangimentos. Há reclamações pelas condições da casa de espera das visitas, pela revista vexatória e pelo tratamento dado aos familiares – aponta Buch.
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O tumulto ocorreu na chamada galeria máxima da unidade, onde ficavam 39 presidiários, incluindo dois deles que foram feitos de refém pelos demais internos. A ala é voltada à prisão de presos que correm risco de serem agredidos pelo restante da massa carcerária devido aos crimes que praticaram.