Bombeiros e Polícia Militar foram mobilizados no fim da manhã desta quarta-feira após ser confirmada uma rebelião no Presídio Regional de Joinville. Segundo os bombeiros, detentos colocaram fogo em colchões em um dos pátios da unidade e fizeram dois presidiários de refém.
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As equipes de combate a incêndio não chegaram a ser autorizadas a entrar no prédio, mas o fogo foi controlado por policiais mais tarde. No início da tarde, a situação já havia sido normalizada. Não houve necessidade de uso da força por parte da polícia porque os próprios presos se renderam e deram fim à rebelião. A PM, no entanto, prestou apoio no reforço à segurança e nas revistas das celas após o tumulto.
Bombeiros não foram autorizados entrar no presídio. Foto: Salmo Duarte
Um detento que tem acesso a telefone celular dentro da unidade chegou a fazer contato com a reportagem de AN por meio de um parente em frente ao presídio. Perto do meio-dia, ele disse que a revolta só teria fim assim que chegasse um representante da Justiça na unidade. Os presos reivindicam melhor tratamento para eles e para os visitantes.
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Logo no começo da tarde, o juiz João Marcos Buch, titular da Vara de Execução Penal de Joinville, confirmou que a situação já está controlada.
Segundo Buch, houve uma rebelião na ‘galeria máxima’, onde ficam 39 presos. No local estão os presos do chamado ‘seguro’, que ficam separado dos outros porque correm risco de serem agredidos em função dos crimes cometidos. Ainda será apurado o que motivou a queima dos colchões. Ele conta que teve contato com os presos.
– Eles retiveram dois detentos, dizendo que eram reféns. Vi os dois de perto e eles estão íntegros – observou.
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Nesta tarde ocorre os procedimentos de pente-fino e revista de celas. Ainda durante a tarde, o corregedor da Vara de Execução Penal deve fazer novamente contato com os presos e conversar com ao menos seis deles para esclarecer o que motivou a rebelião e eventuais medidas a serem retomadas.
As visitas estão suspensas e devem ser retomadas a partir de quinta-feira, exceto as visitas envolvendo familiares da galeria onde ocorreu o incidente.