O evento da noite desta quinta-feira tem caráter festivo: comemoração de 90 anos da Federação Catarinense de Futebol. Para a maioria dos presentes, um momento de festa. Mas em uma mesa no fundo do salão do Centro de Eventos do Infinity Blue Resort, em Balneário Camboriú, um grupo de blumenauenses se dividiu em momentos de apreensão e angústia. Sim, eles eram convidados da festa. Mas a cabeça estava lá, mais precisamente no dia 27 de abril, quando começa a Série C do Campeonato Brasileiro.
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Esse grupo é bem conhecido do torcedor que costuma frequentar o Estádio do Sesi. Eles sempre estão ali, na boca do túnel, acompanhando apreensivos o time que comandam. Comandada pelo presidente Marcelo Georg, a diretoria do Metropolitano montou quase uma comitiva, que tinha ainda a presença, mesmo que por alguns momentos, do prefeito Napoleão Bernardes, e do apoio por escrito de outras dezenas de políticos catarinenses. Todos demonstrando apoio à causa: Metrô na Série C 2014.
Era a oportunidade que eles precisavam e que caiu como uma luva. Na semana em que surgiu a possibilidade desse acesso à terceira divisão nacional, um evento em uma cidade vizinha reuniu a nata do futebol brasileiro. Presidente da CBF, José Maria Marin, vice-presidente Marco Polo del Nero (e candidato ao cargo) e o diretor de competições da entidade, Virgílio Elísio da Costa Neto ouviram os mesmos argumentos: em Santa Catarina existe o apoio em prol do time de Blumenau.
Nenhum deles quis dar entrevista. Afinal, estavam ali para comemorar. O objetivo era mostrar apoio ao presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto Filho. Este fez questão de recepcionar todos os convidados. Afinal, na chapa de Del Nero, ele é um dos vices. E essa força política também se mostrou favorável a causa do Metropolitano.
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Apoio, aliás, que Delfim fez questão de ressaltar no discurso. Ele enalteceu os feitos recentes clubes catarinenses, citando o fato de o Estado ter três representantes na Série A e dois na B.
– Por justiça esperamos que o Metropolitano, representante de Blumenau, uma das maiores cidades industriais do país, esteja na Série C deste ano – afirmou, seguido de uma salva de palmas, sendo ouvida mais forte naquele canto do salão que já se mostrava um pouco menos tenso.
Respostas ainda não vieram. Pelo contrário. A diretoria do Verdão conversou com todos e percebeu que eles estão a par da situação. Para Marcelo Georg, o argumento do time catarinense é o mais forte em relação aos rivais. Se ele deixou o evento ainda com dúvidas, pelo menos tem uma ponta a mais de esperança.
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