A movimentação das obras para a construção do Complexo Penitenciário do Médio Vale – como está sendo chamada a nova penitenciária de Blumenau – começou nesta terça-feira. Já é possível avistar máquinas trabalhando na terraplenagem da área, localizada na Rua Silvano Cândido da Silva Sênior, bairro Ponta Aguda.
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De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento de Administração Prisional (Deap) de Santa Catarina, a ordem de serviço para a construção do complexo foi assinada na última sexta-feira, dois dias após 28 presos fugirem do Presídio Regional de Blumenau por um buraco em uma das celas.
Um dia antes da assinatura da ordem de serviço a prefeitura de Blumenau promovou uma força-tarefa para liberar as licenças ambientais e o álvara de construção do complexo. A obra será feita pela Verdi Sistemas Construtivos S.A., empresa de Porto Alegre responsável por diversas obras do sistema prisional do Estado, como as penitenciárias de Criciúma, Joinville e Itajaí.
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A previsão de conclusão das obras é de 180 dias, segundo o Deap, pois a construção é feita com pré-moldados. A primeira fase é o nivelamento do terreno. O presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Jean Naumann, explicou que há necessidade de aterrar lagos artificiais que se formaram na área devido à atividade de extração de areia que foi realizada durante alguns anos no local.
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Histórico da obra
Prevista inicialmente pelo secretário estadual de Justiça e Cidadania, Sady Beck Júnior, para começar em setembro, a construção do Complexo Penitenciário do Médio Vale teve prazo prorrogado para outubro e agora deve iniciar em fevereiro.
Em outubro de 2014, o Estado recebeu do Judiciário o documento de posse do terreno de 33 hectares localizado na Rua Silvano Cândido da Silva, na Ponta Aguda. Na época, Sady confirmou que solicitaria dispensa do processo licitatório. A justificativa era que apenas uma empresa trabalhava com a técnica modular prevista nos projetos arquitetônicos
Ao total, a obra custará aos cofres públicos R$ 27 milhões, adquirido através de financiamento. A primeira parte do complexo oferecerá 600 vagas para detentos do regime fechado. Após esta etapa, serão construídos o presídio e uma ala para apenados do regime semiaberto, com 350 e 240 vagas respectivamente.
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