Encerrado o prazo de filiações partidárias, a base aliada ao governo (PSDB, DEM, PP e PV) ganhou musculatura, enquanto o bloco independente representado pelo PSD sofreu as maiores baixas. A oposição simbolizada no PT manteve seus quadros. O cenário projeta a correlação de forças para o processo sucessório na prefeitura de Blumenau. Na sexta-feira, eu conversei com o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) sobre as próximas eleições. Ele me disse que visualiza uma disputa que reproduza o contexto nacional.

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Ricardo Stodieck, Felix Theiss e Felix Theiss Júnior se filiam ao PSDB em Blumenau

Qual a sua avaliação sobre as filiações partidárias realizadas nos últimos dias?

As adesões ao PSDB e aos partidos do nosso arco de alianças demonstram a aprovação e a credibilidade do governo. Elas atestam o reconhecimento à competência da gestão.

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Como o senhor imagina o cenário sucessório, agora que terminou o período de filiações partidárias?

Blumenau precisa de unidade em favor do desenvolvimento. Eu acredito numa campanha polarizada entre aqueles que são contrários ao atual modelo de política do Brasil, que é o nosso caso, e aqueles que defendem o modelo atual.

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O senhor acredita que o PSD vai apoiar a sua reeleição?

A polarização que se desenha no cenário nacional vai se reproduzir no município. Blumenau precisa de união para superar os desafios impostos pela conjuntura econômica provocada pelo PT.

Qual será a pauta da eleição para prefeito?

Quem aposta no insucesso do governo vai perder a aposta. Fizemos muito diante do contexto econômico nacional. O período eleitoral nos permitirá mostrar tudo à comunidade.

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Há nove meses do fim do mandato, qual é a marca da gestão?

Transparência, gestão com responsabilidade diante da crise, obras nos bairros e qualidade de vida, com realizações nas áreas de educação, saúde, esporte e cultura.

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Como as pessoas vão lembrar do atual governo?

Nosso governo será muito mais bem avaliado daqui a 10 ou 15 anos, quando a história demonstrar que conduzir uma prefeitura sem percalços na atual conjuntura exigiu muito esforço de gestão. Estamos diante da pior crise da história do Brasil em termos de municipalismo. O momento é desesperador para a maioria das prefeituras. Esse reconhecimento ficará para a história.

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Especula-se que o senhor será candidato em 2018. O que o senhor diz a respeito?

Eu não perco um segundo do meu trabalho pensando nesta hipótese. O meu foco é a dedicação exclusiva à administração da prefeitura.