O Ciram/Epagri divulgou a situação nas estações de medição dos rios catarinenses na tarde deste domingo e colocou três cidades sob estado de emergência para enchentes: Rio do Sul, Bocaina do Sul e Ponte Alta do Sul.
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De acordo com o órgão, são dez estações no Estadoacima do nível normal. A situação de Rio do Sul é a mais preocupante, já que as outras duas são mais rurais e têm menos casas atingidas pelas cheias.
A chuva que cai desde sábado já acumula estragos principalmente principalmente no Oeste, Serra e Vale do Itajaí. Ao menos dez cidades já registraram estragos.
Algumas áreas de Rio do Sul (Vale do Itajaí) já estavam alagadas no fim da tarde deste domingo. A tendência é o Rio Itajaí-Açú continuar subindo. A Barragem Sul em Ituporanga está com o nível em 27,8 metros, operando com quatro comportas fechadas e uma aberta.
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A tendência de chuva permanece, fazendo a Defesa Civil montar uma operação de apoio às regiões mais atingidas. O volume de chuva em 24 horas em algumas cidades superou a média mensal, ultrapassando os 100 mm em diversas delas.
No fim da tarde, a Defesa Civil publicou uma nota em seu site comentando a situação de Rio do Sul e de outras cidades atingidas:
“Em boletim das 17h, as informações dão conta de que o Rio Itajaí-Açu está com nível de 7,20m. Em Rio do Sul é considerada na situação de emergência por causa do nível. Mesmo assim, a Secretaria de Estado da Defesa Civil monitora a situação 24 horas por dia.
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A situação das barragens também estão em monitoramento constante. Na barragem Oeste, em Taió, a estrutura está com 10m. Todas as comportas estão fechadas. Já na barragem Sul, em Ituporanga, a montante: 27,94m. A estrutura está com uma comporta aberta e quatro fechadas. (…)
Até agora, 24 municípios informaram ocorrências desde a quinta-feira, 24, quando um forte vendaval atingiu alguns municípios de Santa Catarina. Nas últimas 24 horas foi a chuva intensa que trouxe problemas. Para se ter ideia do volume de precipitação, houve registro superior a 150mm em 24h.
Vinte pontes arrastadas na Grande Florianópolis
Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, foi um dos municípios mais afetados. Cerca de 30 famílias saíram de suas residências em função de alagamentos. Segundo a Defesa Civil, choveu 160 milímetros em 24 horas no município, sendo que a média de todo o mês fica entre 120 e 140 mm.
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Conforme o órgão, mais de 20 pontes de madeira foram arrastadas e há cerca de sete comunidades isoladas (São Vendelino, Barro Branco, Invernadinha, Limeira, Alto Limeira, Pinguirito e Alto Pinguirito). Deslizamentos também foram registrados. Na BR-282, os kms 79 e 111 estão com trânsito em meia pista devido a desmoronamentos.
Conforme o coordenador da Defesa Civil em Alfredo Wagner, Emerson Martins,estima-se que cerca de 60% da população da cidade tenha sido atingida direta ou indiretamente pelas chuvas. A localidade de Caeté foi uma das mais atingidas. Martins afirma que parte das estradas da cidade estão intransitáveis.

Foto: Rafael Siewert / Divulgação
Em Lages, na Serra catarinense, o rio Carahá, que cruza o município na Serra catarinense, não suportou o volume intenso de chuva e os alagamentos atingiram bairros como Sagrado Coração de Jesus, Centro e São Cristóvão na noite deste sábado. Conforme a Defesa Civil, a situação está normalizada na cidade. Cerca de 100 pessoas foram retiradas de suas residências e às 11h deste domingo retornaram às casas.
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Foto: Jotta Damasceno / Divulgação
De acordo com o secretário da Defesa Civil de SC, Milton Hobus, o acompanhamento é constante. As imagens do radar meteorológico de Lontras estão auxiliando na operação, explica Hobus.
A Defesa Civil alerta que há pancadas de chuva com raios previstas para esta tarde principalmente para o Oeste, Planalto Sul, Vale do Itajaí e Litoral Norte.