A dona de casa Thais Bisso Nogueira, 31, vive há quatro anos na rua Luiz Alécio Lenhani, no bairro São Sebastião, em Palhoça, com o marido e o filho de sete anos. Ela já viu bastante chuva forte, mas ter a casa alagada foi a primeira vez.
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– Acordamos às 4h da manhã com o barulho de chuva forte e o terreno todo cheio já. Foi questão de minutos para entrar em de casa. Acordei meu marido e corremos para salvar o que podíamos. Levantamos tudo, mas os móveis não teve como – conta.
Ela contabiliza um prejuízo de aproximadamente R$ 5 mil e não está sozinha nessa situação. O seu Israel Elias de Oliveira, 41, mora há 11 anos na rua transversal à de Thaís e também conta que nunca havia entrado água na casa dele. A primeira vez já foi de bastante prejuízo, segundo o mecânico: até o carro estacionado foi alagado. Quando a água baixou, o assoalho era só lama.
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– Ainda bem que são bens materiais e que ninguém se machucou. Agora é batalhar para recuperar o pouco que tínhamos e perdemos. Eu nem gosto de dizer isso, mas já estamos acostumados com o descaso da prefeitura nessa região. Eles deveriam aumentar toda a galeria para escoar melhor – defende.
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Galeria transbordou
A galeria que o seu Israel menciona passa pelo terreno da casa da dona Patrícia Sanceverino, que mora duas quadras para frente. Segundo a moradora, a estrutura foi construída pela Prefeitura há pelo menos oito anos e nunca acabada. Com as chuvas fortes, a vazou aumentou e fez com que mais água entrasse no terreno e na casa de Patrícia.
– Ninguém vem nem limpar, aí todo o lixo se acumula. Estamos trabalhando desde as 7h da manhã. Essa já é a quarta vez que minha casa enche de água – argumenta.