Representantes de Joinville e região participaram das Conferências Conjuntas de Direitos Humanos, realizada entre os dias 24 e 29 de abril, em Brasília.

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O evento é organizado pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos. As conferências reúnem cerca de sete mil pessoas.

O evento tem o objetivo de discutir novas políticas públicas e reúne no Centro Internacional de Convenções do Brasil a 12ª edição da Conferência Nacional de Direitos Humanos, a 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e a 3ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT.

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Erika Léa Chamrek, de 14 anos, de São Francisco do Sul, só começou a se envolver com o tema no ano passado, após apoio de seus professores. Ela foi ao evento como delegada eleita na conferência estadual.

Eu não sabia de nenhum espaço que os jovens pudessem opinar sobre políticas públicas. A cada conferência, foi aumentando o espaço dos jovens nas plenárias. Eu acredito que todo mundo deveria ter esse direito, mais espaço, mais divulgação. Eu achei muito construtivo ter feito uma conferência conjunta. Quando se fala em direito, tem que trabalhar em conjunto. A gente compartilha e enrique ainda mais o evento. É muito gratificante, foi muito bom ver todos os adolescentes lá envolvidos disse Erika, que agora vai procurar se informar mais do que acontece dentro dos conselhos e defender mais seus direitos.

Segundo a garota, falta mais envolvimento, principalmente das crianças e dos jovens, em procurar informações. Ela conta que na conferência houve uma proposta de implementação de ensino do Estatuto da Criança e do Adolescente nas escolas.

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Eles insistiram muito em protagonismo jovem, em vaga em conselhos e direto a votos. Quem melhor que o jovem para instituir o direito dele? Todos estão se esforçando o máximo para defender o que acreditam, ninguém vai desistir garante a adolescente.

É um trabalho bem puxado, muito importante, a gente se mistura bastante, cada eixo de trabalho tem que ter pelo menos uma representação de cada estado. As pessoas se reúnem nesses grupos para discutir e ver quais seriam as propostas, o melhor texto, a melhor resolução, que fizesse todos os recortes possíveis disse Jéssica, que participou do eixo de Cultura, Comunicação e Direitos Humanos.

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Além das propostas de novas políticas, Jéssica conta que foram feitas moções de repúdio e apoio. Segundo ela, houveram muitas moções de repúdio ao deputado federal Jair Bolsonaro e de apoio a ativistas que desenvolvem trabalhos em diferentes estados.

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Conheci algumas ativistas que eu admirava muito. Foi uma experiência maravilhosa pra mim. A minha luta LGBT está aqui e eu encontro todos esses meus pares aqui nessa luta disse Michels, que ajudou na organização de um “beijaço LGBT” a nível nacional no evento. O ato foi feito em repúdio a manifestações consideradas LGBTfóbicas praticadas nas outras conferências.

Dilma participa da abertura da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos

Na quarta-feira, a presidenta Dilma Roussef participou da abertura da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos.

Segundo o presidente da Ajidevi, que conseguiu um lugar no evento de abertura, a presidenta focou em falar sobre o processo de impeachment.

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Ela assinou alguns decretos, mas fez um discurso mais ou menos voltado para a situação que ela está vivendo, para a situação política do momento disse Paulo, destacando ainda que Joinville foi para Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência com a maior delegação do estado : foram 12 pessoas, entre delegados, observadores e acompanhantes.

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Paulo considera importante a participação da Presidência da República na abertura da conferência, onde todas as deliberações discutidas nos dias anteriores se juntariam.

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Ali vão se fazer novas deliberações, para mudar com certeza toda a dinâmica e a questão social do nosso país para segmentos tão esquecidos muitas vezes pela sociedade brasileira.