A cobrança das parcelas dos apartamentos vendidos pelo Grupo Marcos Queiroz em Joinville serão suspensas pelos três bancos que tinham contas administradas por Marcos Antônio de Queiroz na cidade. As medidas atendem a pedidos da Defensoria Pública estadual, que prepara uma ação coletiva contra Queiroz, preso desde o dia 20.
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O Banco Itaú informou à Defensoria que as cobranças estão definitivamente canceladas, enquanto o Banrisul garantiu a suspensão até eventual decisão judicial. A Caixa Econômica Federal também confirmou a suspensão.
As medidas garantem que as vítimas não tenham prejuízos ainda maiores porque, mesmo com a investigação de estelionato em andamento, quem não pagasse as faturas poderia ficar com o nome sujo.
Outras ações da Defensoria Pública foram anunciadas na última terça-feira em reunião com cerca de 50 pessoas que compraram de Marcos Queiroz.
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Pedido de bloqueio dos bens
Além de Marcos e da mulher dele, Ana Cláudia da Silva Queiroz, outras três pessoas ligadas ao grupo estão no alvo da Defensoria. Segundo a defensora pública Ana Carolina Dihl Cavalin, a análise de documentos revelou que pelo menos três funcionários tiveram veículos transferidos para seus nomes como forma de pagamento.
-Precisamos saber até que ponto eles foram usados como laranjas. Se estavam ou não conscientes disso-, diz Ana Carolina.
Uma ação cautelar foi ajuizada na última terça-feira. A intenção da Defensoria é conseguir o bloqueio de bens e valores dos envolvidos. Outro foco é descobrir para onde foi o montante arrecadado por Marcos Queiroz.
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A ação principal, de danos e reparação, deve ser ajuizada em um mês. Como uma investigação criminal corre paralelamente às ações cíveis, a Defensoria Pública futuramente deve atuar também como assistente de acusação na ação penal.