O aumento no número de casos de dengue registrados em Itajaí neste ano acendeu um alerta na cidade. Até agora foram 53 pacientes diagnosticados – 36 deles contraíram a doença no município e 17 são importados. O número de focos do mosquito Aedes aegypti também continua alto, mesmo depois de várias ações de conscientização: são 221 locais com larvas do vetor que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus.

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Porém, a preocupação maior da Diretoria de Vigilância Epidemiológica foi com nove casos confirmados de dengue nas últimas três semanas no Centro de Itajaí. Todos eles foram registrados muito próximos, entre as ruas Alexandre Fleming, Luís Berlim e José Paulo da Silva e as avenidas Joca Brandão e Marcos Konder.

– Alertamos os moradores de toda a cidade, mas especialmente deste perímetro do Centro, para que revisem seus imóveis residenciais ou comerciais em busca de locais que acumulem água parada e possam servir de criadouro para o Aedes aegypti. Desde pratos de vasos, garrafas até lajes e calhas. O combate aos focos precisa ser adotado como uma rotina permanente – reforça a diretora de Vigilância Epidemiológica, Rachel Marchetti.

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Desde que os casos foram confirmados equipes do Programa de Combate à Dengue intensificaram as ações no Centro. Segundo Rachel, havia locais com muitos criadouros do Aedes, como construções e casas abandonadas, além do descuido de alguns moradores.

Focos

A grande maioria dos focos está localizada nas regiões já infestadas do município desde o ano passado – Barra do Rio (27), Centro (33), São João (24), São Vicente (28), Fazenda (28), São Judas (06), Cidade Nova (05), Vila Operária (02), Cordeiros (02). Mas também há registro de focos em outras localidades: Praia Brava (19), Salseiros (20), Dom Bosco (21), Ressacada (02), Itaipava (01), Espinheiros (02) e Cabeçudas (01).

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Esses números preocupam o secretário de Saúde, Osvaldo Gern:

— Não tivemos uma nova epidemia de dengue na cidade porque não houve a introdução de outro tipo de vírus e as pessoas que tiveram a dengue tipo 1 no ano passado estão imunes; mas como o número de focos ainda é bastante alto temos que seguir alertando a comunidade para não relaxar e insistir na eliminação dos criadouros – observa.

As armadilhas para monitorar a incidência e o crescimento de focos também foram reativadas nos bairros. Apenas em um dia, foram 24 confirmações de focos positivos – isso ocorre por haverem locais geradores de larvas. É esperado ainda um aumento no número de focos em Cordeiros, último bairro a ter as armadilhas instaladas, a partir da próxima semana.

– Com a redução de casos, mas ainda com o registro de focos, os equipamentos foram reativados e passarão a nos dar, semanalmente, um panorama de cada região da cidade. Independente disso, as ações de combate seguem normais – argumenta Lúcio Vieira, coordenador do Programa de Combate à Dengue.