Depois de viver uma epidemia de dengue em 2015 e registrar mais de três mil casos autóctones, Itajaí aprendeu lições importantes sobre a doença. Uma delas é que não se pode descuidar do combate ao mosquito Aedes Aegypti. Além disso, as estratégias adotadas pelo município permitiram uma redução de 97% dos casos em 2016.

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Nas primeiras 10 semanas do ano, foram 26 casos de dengue em Itajaí, sendo 10 contraídos dentro da cidade (autóctones). No mesmo período do ano passado, eram 904 confirmados, 881 deles autóctones. Segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, Rachel Marchetti, para obter esse resultado houve a ampliação da equipe de agentes de endemias de 16 para 80 pessoas, a vinda do Exército e o realocação da verba do Carnaval para a compra de duas vans que transportam os agentes.

A Secretaria de Obras também teve papel importante por meio dos mutirões de limpeza feitos em 2015. Foram retirados 2,3 mil caminhões de lixo e entulho dos bairros infestados. Somam-se a isso o reforço na conscientização da população e dos estudantes da rede municipal, a atuação dos agentes de saúde e a lei que pune quem não ajudar a eliminar os focos do mosquito.

Os resultados já começaram a aparecer nas primeiras vistorias de imóveis feitas pelos agentes neste ano. No primeiro ciclo de combate ao Aedes aegypti foram retirados 4.718 recipientes das casas, como vasos e frascos, 5.851 itens de entulho e 141 pneus. Já no segundo ciclo, o número de recipientes caiu para 1.150 e de entulho para 1,7 mil.

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— Mas a gente tem que continuar fazendo as ações de combate e a rotina de vistorias. Se descuidarmos, aquela situação pode voltar — reforça a diretora.

Ainda assim, a secretaria identificou dois casos suspeitos de febre chikungunya na zona rural. Além desses, outros dois casos importados já foram confirmados na cidade.