O ditado diz que um jogo de futebol não se ganha na véspera. No clássico entre São Paulo e Corinthians, no entanto, foi isso que aconteceu. Na verdade, o clássico começou a ter sua história definida na sexta-feira, antevéspera da partida, quando o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) concedeu efeito suspensivo e permitiu que ele jogasse contra o Timão. No mesmo dia, o técnico Tite tomou uma decisão que também seria determinante para o resultado do duelo. Ele barrou Vagner Love e optou por Luciano. Esperança na sexta, a dupla de atacantes foi protagonista neste domingo com gols no empate por 1 a 1, no Morumbi em compromisso válido pelo Campeonato Brasileiro.
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No entanto, o clássico ganhou um protagonista de última hora. O árbitro Leandro Pedro Vuaden estava discreto até os acréscimos da partida, quando não deu pênalti de Uendel após o lateral corintiano aparentemente usar o braço para desviar a bola. Lance polêmico, que joga para o juiz os holofotes que deveriam ser apenas da ótima partida.
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Boa parte dos 31 mil torcedores que estiveram neste domingo no Morumbi devem ter deixado o estádio se queixando de falta de sorte. Os são-paulinos pelas três bolas na trave – duas com Fabuloso e uma de Centurión – e a chance desperdiçada de entrar no G4. Os corintianos, pelo rebote dado por Cássio no gol do rival e o fato de a equipe não ter aproveitado o tropeço do líder Atlético-MG, que empatou com o Goiás. O público, no entanto, só não poderá reclamar do jogo, que apresentou equilíbrio, boas jogadas de ambos os lados e muitas emoções.
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No já habitual esquema com três zagueiros, o Tricolor optou por pressionar a saída de bola do Timão no início do jogo e explorar as jogadas pelos lados. A estratégia deu certo em alguns momentos, mas também ofereceu espaços para o rival contra-atacar. Faltava ao Corinthians, no entanto, maior participação de Renato Augusto, claramente longe de sua forma física ideal por conta de dores no quadril, e também de Elias, famoso por ser carrasco são-paulino.
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A solução da equipe de Tite veio com Uendel. Após linda triangulação, ele fez ótima jogada e “deu” o gol para Luciano, que só empurrou para as redes. Mais do que estrela, o substituto de Vagner Love apresentou ótimo posicionamento.
Superior até então, o São Paulo não demonstrou abatimento com o gol sofrido. Mas faltava algo. Sorte? Talvez. Pontaria? Um pouco. Até que Luis Fabiano acionou Centurión, que chutou forte. Cássio espalmou nos pés do Fabuloso. Contra o maior freguês (já são dez gols sobre o Timão), o camisa 9 anotou novamente.
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O clássico, que já era interessante e aberto, ficou ainda mais. Osório ajustou a marcação pelos lados, e o Tricolor seguiu em cima. Tite apostou na velocidade de Rildo e deu o recado de que jogava por uma bola, um contra-ataque.
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O Majestoso era tão bom que não merecia acabar da forma que foi, com uma decisão polêmica da arbitragem. Nos acréscimos, Wesley chutou em direção ao gol e a bola bateu na mão de Uendel. Leandro Pedro Vuaden marcou apenas escanteio e tornou-se um dos protagonistas do excelente clássico no Morumbi.
*LANCEPRESS!