Com o 13º salário atrasado desde dezembro e com menos da metade dos vencimentos de janeiro em mãos, os cerca de 1,3 mil funcionários que operavam no transporte coletivo de Blumenau foram automaticamente demitidos das empresas onde trabalhavam após o prefeito Napoleão Bernardes decretar, na manhã de sábado, a caducidade do contrato de concessão com o Consórcio Siga.

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Entretanto, a angustia desses homens e mulheres deve acabar em breve. O Executivo garante que grande parte da mão de obra dispensada será reaproveitada pela empresa que irá operar emergencialmente o transporte coletivo no município a partir de 1º de fevereiro. O tempo em que a população ficará sem ônibus foi, inclusive, usado como justificativa pela prefeitura para dar conta do processo legal de demissão e recontratação dos trabalhadores.

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Segundo a assessoria de comunicação, o aproveitamento dos funcionários é uma das exigências que o prefeito fez às empresas interessadas em assumir o serviço. Ainda segundo o poder público, o requisito foi prontamente aceito pelas interessadas, que entendem que manter os funcionário tornará a transição mais simples, uma vez que esses trabalhadores conhecem os itinerários.

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Para Ari Germer, presidente sindicato da categoria, o Sindetranscol, é de extrema importância que o poder público mantenha o compromisso firmado e assegure as vagas dos trabalhadores:

– Estou há 18 anos trabalhando na maior empresa de transporte da cidade (Nossa Senhora da Glória) e nos últimos três anos o sistema decaiu, não houve uma renovação de frota contínua e estamos cansados de trabalhar o mês todo e não receber. Se a situação for melhorar, todo trabalhador estará contente.

Preocupados em como será o processo de desligamento, os funcionários que até então operavam nas empresas Glória, Rodovel e Verde Vale, vão se reunir hoje à tarde no Terminal da Fonte. Marcada para às 15h, a assembleia, promovida pela diretoria do Sindetranscol, irá tratar dos encaminhamentos legais do processo, além de tirar dúvidas dos trabalhadores.