A assembleia realizada por mais de cem médicos na noite de quarta-feira na Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis, comemorou os resultados das movimentações que aconteceram durante o dia por todo o país.

Continua depois da publicidade

Após o cancelamento do programa federal que previa dois anos a mais nos cursos de Medicina e do anúncio do prefeito da Capital de não contratar médicos estrangeiros sem diplomas revalidados no Brasil, a categoria se limitou a discutir diretrizes básicas para uma reunião ampliada com toda a categoria, que deve acontecer nos dias 8 e 9 de agosto em Brasília.

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de SC (Simesc), César Augusto Ferraresi, um dos principais pontos da pauta a partir de agora é o fortalecimento da comunicação com a sociedade. Ferraresi explica que o texto entregue ao prefeito César Souza contra a contratação de médicos estrangeiros sem revalidação de diploma deve ser disponilizado para as secretarias de saúde de municípios do interior do Estado, com a intenção de que a medida seja repetida em outras regiões.

– A prefeitura de Florianópolis deu um belo exemplo de como se deve pensar na segurança da população. Ainda temos que fazer as pessoas entenderem o motivo destes protestos, pois o governo está jogando com um marketing pesado, afirmando que a vinda de médicos estrangeiros vai resolver a situação de uma hora para a outra.

Continua depois da publicidade

Os vetos da presidência ao Ato Médico também são um dos focos das movimentações da categoria. Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina de SC, Vicente Pacheco de Oliveira, todas as profissões são importantes no contexto hospitalar, mas equipes de saúde devem ser lideradas por médicos capacitados.

– A participação de outras áreas é essencial no tratamento de um paciente, isso não está sendo discutido. Entretanto, o papel de diagnóstico e indicação teraupêtica deve ser dos médicos.

Profissionais suspenderam os serviços na terça-feira e quarta, mantendo apenas atendimentos de emergência e 50% das consultas agendadas. Pelo menos cinco hospitais da Grande Florianópolis foram afetados pela paralisação.

Continua depois da publicidade