Pelo menos cinco hospitais da Grande Florianópolis foram afetados pela paralisação dos médicos na manhã desta quarta-feira. Segundo balanço da Secretaria de Estado de Saúde, houve alteração em consultas e no atendimento ambulatorial, porém os setores de urgência e emergência funcionaram normalmente.
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Confira a situação dos hospitais:
Hospital Regional de São José – a paralisação dos médicos afetou unicamente o setor de oftalmologia do hospital, que atendeu somente casos de emergência e pós-operatório. Urgência e emergência funcionaram normalmente.
Até o final da manhã, 107 pacientes haviam sido atendidos. As consultas, que poderiam ser remarcadas em função do protesto, também foram realizadas. Por volta do meio-dia havia seis pessoas aguardando na fila e outras 23 estavam sendo atendidas. O atendimento no local é feito de acordo com a gravidade dos casos, a partir da classificação de risco do paciente.
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Hospital Governador Celso Ramos – cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais foram cancelados. Urgência e emergência estão funcionando normalmente.
Instituto de Cardiologia – alguns procedimentos ambulatoriais foram cancelados, mas todos os pacientes que ficarem sem atendimento tiveram as suas consultas já reagendadas.
Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon) – houve cancelamento de consultas. Maternidade Carmela Dutra – não houve alterações no atendimento.
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Hospital Nereu Ramos – não houve alteração no atendimento.
Hospital Florianópolis – emergência funciona normalmente.
Hospital Infantil Joana de Gusmão – atendimentos no ambulatório não foram realizados. As outras alas funcionam normalmente.
Protesto em SC acompanha movimento nacional
A mobilização no Estado acompanha o movimento nacional contra os vetos presidenciais ao Ato Médico – lei que regulamenta a atividade da medicina no país – e ao programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal e que prevê a contratação de profissionais do exterior sem que sejam submetidos ao exame Revalida.
Nesta manhã, cerca de 500 profissionais se concentraram em frente ao Senadinho Café Ponto Chic, no Centro de Florianópolis. Balões e fitas prestas coladas aos jalecos foram utilizados para simbolizar o luto pela saúde no Brasil. Também foi feita a coleta de assinaturas. Entidades da classe no país querem chegar a 1,5 milhão de nomes para conseguir encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular para que sejam encaminhados mais recursos à saúde pública.
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– Nós queremos maior financiamento para a saúde. Queremos 10% dos recursos federais destinados à área. Com os atuais recursos, os hospitais estão fechando, é impossível manter um serviço de qualidade – afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini.
Sindicato entrega carta ao prefeito de Florianópolis
No início desta tarde, os médicos entregaram ao prefeito Cesar Souza Junior uma carta pedindo que não sejam contratados profissionais de saúde sem a revalidação do diploma em Florianópolis.
E o Simesc ainda deve protocolar duas ações civis públicas contra a União: uma na Justiça Federal e outra na Justiça do Trabalho, alegando inconstitucionalidade na medida medida adotada pelo governo federal, sobre a importação de médicos.
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