A pressão dos médicos que culminou com a paralisação desta terça e quarta-feira obteve saldo positivo nesta manhã. Em reunião da comissão de especialistas com representantes das universidades federais, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que o governo decidiu alterar um dos pontos mais polêmicos do programa Mais Médicos: os dois anos a mais na graduação de Medicina poderão ser cursados na residência.

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Ouça o áudio do ministro sobre o programa Mais Médicos

A comissão que incluía médicos de diversas áreas e professores univesitários apresentou para o Ministério da Educação a proposta. Por meio da assessoria, o MEC alerta que essa decisão já estava prevista na medida provisória do programa Mais Médicos.

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Se prevalecer essa nova posição, anunciada após a paralisação que uniu da categoria por todo o país, a residência médica será exigida de quem entrou na faculdade de Medicina de 2012 para frente. Hoje, para se formar, o estudante não precisa passar pela residência.

De acordo com a nova proposta, os médicos recém-formados farão a especialização durante a residência médica, como atualmente, mas, no primeiro ano, a atuação será necessariamente na atenção básica de urgência e emergência de uma unidade do SUS.

Mercadante defende especialização no SUS

O ministro Aloízio Mercadante defende que a Medida Provisória 621, que trata do Programa Mais Médicos e tramita no Congresso Nacional, já previa a possibilidade de que os dois anos adicionais se convertessem em residência médica. O Conselho Nacional de Educação (CNE) também deverá propor novas diretrizes para os cursos de medicina a partir das modificações da MP.

– Após a formação do médico na graduação, em seis anos, a residência médica deve assegurar essa vivência na urgência e emergência e na atenção primária – , disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após participar de uma reunião com o titular da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes de faculdades de Medicina federais do País, em Brasília.

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