Começou nesta segunda-feira uma das mais esperadas obras que promete resolver os problemas de mobilidade em Florianópolis. A complexa duplicação da rua deputado Antônio Edu Vieira altera uma das principais vias no Pantanal e mexe com a região central da cidade. O projeto já fazia parte do plano diretor do município desde a década de 1960 e neste 56 anos vários entraves engavetaram a proposta.
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Prefeito anuncia início das obras na Edu Vieira
Nos últimos anos, a pendência para a liberação de recursos pela Caixa e as discussões para a cessão de parte do terreno da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), adiaram o início dos trabalhos.
Nesta manhã as primeiras árvores no pátio da UFSC foram tombadas sinalizando o começo de um trabalho com um prazo de três anos para terminar. O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior e o secretário de Obras, Rafael Hahne, acompanharam o início.
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Duplicação

As obras que incluem a duplicação do trecho da Edu Viera fazem parte do Edital para o Anel Viário Trecho Sul e tiveram, ao todo, um investimento de R$ 37 milhões. De acordo com a prefeitura de Florianópolis, a construção abrange uma extensão de 1,9 km, que vai do início do Córrego Grande até o Armazém Vieira, na região do Pantanal.
Neste trecho, serão realizadas a duplicação da via e a construção de corredor de ônibus exclusivo, duas faixas para veículos, ciclovias e calçadas. Além disso, será feito o primeiro elevado somente para ônibus. Ele terá sete metros de largura e duas pistas para o transporte coletivo.
—São mais de 30 anos de espera, essa obra passou por muitas dificuldades, mas de 100 reuniões com a Universidade Federal para conseguirmos a liberação. Neste primeiro momento a população não terá impacto direto pela obra, vamos trabalhar na própria área da UFSC, outro ponto que vai nos exigir uma boa gestão de trânsito é o elevado que será feito exclusivo para o transporte coletivo, na conhecida rótula do Eletrosul— enfatizou o prefeito.
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Ainda segundo Cesar Souza, o trecho para a primeira etapa – entre a rótula da Dona Benta (entroncamento com a Avenida Professor Henrique da Silva Fontes e a Rua João Pio Duarte, no Córrego Grande) e da Eletrosul (Avenida César Seara) – estão liberados e com recursos assegurados. A obra foi dividida em duas etapas. A segunda parte depende de 78 desapropriações, três delas públicas. A expectativa da Prefeitura é em sete meses começar a segunda parte dos trabalhos.
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Desapropriações
Cesar Souza reconhece que as desapropriaçõessão sempre um problema na execução do cronograma. Para evitar entraves, a Prefeitura pretende negociar caso a caso com cada um dos proprietários.
O prefeito lembra que houve uma baixa no preço dos imóveis da região e os valores previstos em cerca de R$ 30 milhões foram reduzidos para R$ 20 milhões. O segundo lote de obras só iniciará de acordo com o avanço no processo de desapropriações.
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— As desapropriações começam agora, não adiantava começar sem ter obra. Nossa equipe de trabalho tem advogados, engenheiros e assistentes sociais, onde vamos ter uma conversa individual com cada um dos proprietários, vamos fazer tudo pra não judicializar. Nosso prazo de três anos é um prazo máximo já contando com alguma demora nas desapropriações—salientou o secretário de Obras, Rafael Hahne.