O presidente russo, Vladimir Putin, exigiu nesta terça-feira desculpas à Holanda pela detenção em seu domicílio de um diplomata da embaixada da Rússia em Haia, que foi interrogado durante a noite.

Continua depois da publicidade

– É a maior violação da Convenção de Viena. Estamos esperando explicações e desculpas e que os culpados sejam castigados – disse Putin, citado pela agência estatal de notícias Ria Novosti durante a cúpula regional Ásia-Pacífico na Indonésia.

>>>> Diretor do Greenpeace fala sobre detenções na Rússia

Continua depois da publicidade

>>>> Tarso pedirá a Dilma que intervenha por ativistas do Greenpeace

>>>> Ativistas estão em condições desumanas em prisão, denuncia advogado

>>>> SITE ESPECIAL: leia todas as notícias sobre as prisões na Rússia

– Nossa reação dependerá da maneira de agir da Holanda – acrescentou.

O ministro russo das Relações Exteriores enviou na terça-feira uma nota de protesto ao embaixador holandês na Rússia sobre o inaceitável incidente, disse o porta-voz do ministério, Alexander Lukashevich, às agências de notícias russas.

Segundo o porta-voz, policiais holandeses invadiram no domingo à noite o domicílio de Dmitri Borodin, primeiro secretário da embaixada da Rússia na Holanda, “sob o pretexto inventado de que maltratava seus filhos”.

– Algemaram nosso diplomata e o levaram a uma delegacia, onde foi interrogado durante toda a noite – disse Lukashevich, que declarou que o trabalhador da embaixada informou à polícia sobre seu status.

– Depois foi liberado sem nenhum tipo de explicações ou desculpas.

A televisão estatal russa informou amplamente sobre o caso.

– Estamos cientes do incidente e estamos investigando antes de realizar qualquer comentário – disse o porta-voz do ministério holandês das Relações Exteriores, Thijs van Son.

Continua depois da publicidade

A polícia holandesa não quis comentar o incidente.

As relações entre Rússia e Holanda se deterioraram após a detenção na Rússia dos 30 tripulantes do barco do Greenpeace “Artic Sunrise”, com bandeira holandesa, durante uma operação de protesto pelas extrações petrolíferas no Ártico.

A Holanda informou sobre a adoção de iniciativas legais para libertar os ativistas da organização ecologista.