A derrota para a Inglaterra não tirou a serenidade de Felipão. Talvez o tenha abatido um pouco, mas foi um Felipão tranquilo que se apresentou na sala de conferências de Wembley, nesta quarta-feira, depois de levar 2 a 1 da Inglaterra. Nessa terça, no mesmo ambiente, sua voz estava baixa, devido à rouquidão, e o humor estava alto, devido à volta ao cargo mais importante do futebol brasileiro.

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Nesta quarta, a voz surgiu recomposta e o humor parecia intacto. Felipão brincou com o tradutor e, vez em quando, arrancou gargalhadas dos jornalistas ingleses, que continuam a chamá-lo de Big Phil (dos tempos em que treinou o Chelsea).

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Quanto ao jogo, ele disse não estar decepcionado. Ao contrário, jurou que era o que esperava, por causa das condições físicas de seu time. Chegou a fazer uma espécie de desafio:

– Vamos ver como a Inglaterra vai reagir no dia 2 de julho, no Maracanã, quando os jogadores brasileiros estiverem em totais condições físicas.

Mais: fez uma previsão baseada em premissas transcendentais. Lembrou que perdeu na sua estreia no Brasil, em 2001, perdeu na sua estreia em Portugal, depois disso, e perdeu também na estreia na seleção do Kuwait.

– E depois eu ganhei. O que significa que vamos ganhar algum título com o Brasil – vaticinou.

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Mesmo assim, ele admitiu que o time que jogou em Wembley fugiu um pouco ao seu estilo, com os dois volantes que saíam para o jogo sem se preocupar com a defesa e a pouca atenção que os jogadores deram à marcação.

– Mas vamos corrigir – prometeu.

Felipão fez questão de encerrar sua fala com um agradecimento aos ingleses pela forma como foi tratado na Velha Álbion. Diplomático, como gostam os britânicos. Saiu aplaudido da sala, motivando o comentário de um jornalista brasileiro:

– Ele é muito bom, não é?