Está liberada a retirada, comercialização e consumo de moluscos produzidos no litoral catarinense. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca informa que apenas a cidade de Porto Belo continua com pontos de interdição, à espera de dois testes que comprovem a ausência da da toxina diarreica (DSP) nas ostras e mexilhões.
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Também estão liberados, inclusive, locais onde havia sido comprovada a presença da toxina, como em Paulas, São Francisco do Sul, e Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos. Dois laudos que informassem que a água e os animais estavam limpos foram necessários para que a produção pudesse voltar a normalidade. Esse é o mesmo processo pelo qual passa Porto Belo – nas localidades de Perequê, Ilha João da Cunha e Araça.

Foto: Hermínio Nunes / Agencia RBS
De acordo com o secretário de Agricultura Airton Spies, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) realizou visitas nas comunidades produtoras durante o período de interdição. O objetivo foi prestar orientações aos maricultores.
Confira o mapa da Cidasc com a situação do litoral no dia 30/8

Fonte: Cidasc, Divulgação
Maricultura movimenta R$ 45 milhões ao ano
Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de ostras, mexilhões e vieiras. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a maricultura catarinense gera uma movimentação financeira anual de cerca de R$ 45 milhões. Os pontos de cultivo estão distribuídos em 12 municípios entre Palhoça e São Francisco do Sul.
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Casos desde 1990
Há registro de intoxicação de pessoas por conta da toxina diarreica (DSP) desde 1990 em Santa Catarina, segundo pesquisadores do Laboratório de Estudos sobre Algas Nocivas e Ficotoxinas do IFSC. Os registros mais extremos aconteceram nos anos de 2007 e 2008.

Foto: Marco Favero, Agência RBS
Entenda o que houve
– As algas do tipo Dynophysis são comuns no litoral catarinense e normalmente não afetam a vida marinha.
– Nos últimos dias, alguns fatores contribuíram para que elas se proliferassem e se reproduzissem com uma velocidade maior do que o normal. São eles: salinidade da água, pouca movimentação das águas em SC e a grande intensidade solar.
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– Passadas essas condições, essas algas se dissipam sozinhas.
Por que elas fazem mal?
– A Dynophysis é uma microalga que produz toxinas.
– Como as microalgas são a principal fonte de alimentos de organismos marinhos, às vezes essas toxinas ficam acumuladas em animais filtradores: por exemplo, os moluscos (mexilhões, ostras e mariscos).
– Se comemos moluscos contaminados, podemos ter diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais.
– Os sintomas aparecem entre 30 minutos e poucas horas depois da ingestão e a recuperação total do paciente acontece entre dois e três dias.