A torcida do Criciúma não deve esquecer tão cedo do lance aos 12 minutos do segundo tempo diante do Palmeiras, que mudou a história da estreia do Tricolor do Sul no Campeonato Brasileiro de 2014, no domingo.
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O Tigre tinha vantagem de 1 a 0 no placar quando o zagueiro Tiago Alves cometeu pênalti não marcado pelo árbitro goiano André Castro. Além de um chute no atacante Silvinho, o jogador do Palmeiras desviou a bola com a mão dentro da área.
Time e torcida demonstraram revolta e indignação, que ainda repercute nas redes sociais. Silvinho deixou o campo irritado, assim como outros jogadores que reclamaram ao árbitro no momento do lance. O técnico Caio Júnior, também indignado, declarou que alguém precisa ser punido. Após a partida, o diretor de futebol Cláudio Gomes se manifestou para dizer que tomaria providências.
Diretor do Departamento Jurídico do clube, o advogado Albert Zilli garante que o Criciúma entrará com uma representação à Comissão Nacional de Arbitragem.
Apesar da indignação, o objetivo do Criciúma não é punir os responsáveis pelo erro. A exemplo da polêmica arbitragem de Wilton Pereira Sampaio na derrota por 5 a 3 para o Cruzeiro no ano passado, na 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, o clube procura apenas alertar para que absurdos como esse não tornem a acontecer.
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DC – Que providências o Criciúma já tomou quanto ao pênalti não marcado pelo árbitro André Castro?
Albert Zilli – Estamos encaminhando uma representação junto à Comissão de Arbitragem. Foram selecionadas as cenas, que vão mostrar o lance do pênalti, como também o jogo inteiro, pois eles exigem um contexto.
DC – A partir disso, qual a expectativa? O clube espera algum tipo de compensação?
Albert Zilli – Não se trata de compensação. A gente imagina que não foi nada premeditado, que erros acontecem. Agora o Criciúma fica preocupado daqui para frente para que erros dessa natureza, tão grosseiros, não voltem a se repetir nos seus jogos.
DC – O Criciúma não visa a uma punição para o Palmeiras ou para o árbitro?
Albert Zilli – Não, o Criciúma não objetiva nada disso. Apenas alertar a Comissão de Arbitragem para que erros dessa natureza não voltem a acontecer.
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DC – Ano passado teve o caso da arbitragem polêmica de Wilton Pereira Sampaio na derrota por 5 a 3 para o Cruzeiro, em que o Criciúma demonstrou revolta e declarou que tomaria providências. Em que isso resultou?
Albert Zilli – Entramos com uma representação e esse árbitro, na época, não foi mais colocado a arbitrar jogos do Criciúma. Já era quase final de campeonato, mas daí pra frente o Criciúma não teve mais do que reclamar de arbitragem.
DC – Antes disso teve um problema na disputa contra o Corinthians, certo?
Albert Zilli – Teve. No jogo contra o Corinthians, na 30ª rodada, teve um gol do Lins em impedimento. Logo em seguida foi o Cruzeiro e o Criciúma fez a representação. Mas o objetivo é só de alertar, porque o lance foi muito escancarado, muito grosseiro.
DC – No ano passado foi só na reta final e o problema foi resolvido. Como esse ano foi logo na estreia, a expectativa é de que esse ano tudo seja resolvido agora e o campeonato seja tranquilo nesse aspecto?
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Albert Zilli – É isso mesmo. A expectativa é essa, até porque o Criciúma não acredita em nenhum tipo de má fé, mas acredita em uma falha técnica e que essa falha técnica, infelizmente, prejudicou o Criciúma e, por uma circunstância de jogo, os três pontos acabaram indo para o Palmeiras.