Durou quase cinco horas o depoimento de Renato Duque, ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, à Polícia Federal de Curitiba na tarde desta segunda-feira. Na saída da sede da PF, o advogado Renato de Moraes negou atos ilícitos nas ações de seu cliente e descartou qualquer possibilidade de Duque fazer delação premiada. A justificativa é de que Duque não tem nenhuma irregularidade para relatar.
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O ex-diretor, que está preso temporariamente por cinco dias desde a última sexta-feira, em mais uma fase da Operação Lava-Jato, começou a ser questionado pelos delegados às 14h. O procedimento se estendeu até depois das 18h30min.
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Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse à PF que esquemas de supostos carteis entre empreiteiras para desviar recursos da estatal teriam ocorrido também na diretoria comandada por Duque.
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O advogado de Duque desqualificou a delação premiada de Costa, que acabou apontando responsabilidade de seu cliente. Para ele, a delação de Costa foi feita em situação “desfavorável”.
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Sobre o fato de que Duque teria sido indicado ao cargo na Petrobras pelo PT, ele negou. Afirmou que o seu cliente é servidor com longa carreira na estatal. Moraes também negou que o ex-ministro José Dirceu seja o padrinho da indicação de Duque para a diretoria da empresa. Segundo o defensor, Duque e Dirceu se conheceram somente depois de o suspeito ter assumido a diretoria de Serviços.
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* Zero Hora