O delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal do Paraná, Igor Romário de Paula afirmou, no início da tarde desta segunda-feira, que a intenção é encerrar os depoimentos dos 17 presos da Operação Lava-Jato que estão com mandado de prisão de cinco dias até esta terça-feira, quando se encerra o prazo das detenções.
Continua depois da publicidade
Ele não descartou, no entanto, que a Polícia Federal possa solicitar nesta terça-feira o prolongamento da prisão temporária por mais cinco dias ou mesmo a conversão destas em prisões preventivas. Isso somente será definido na terça, após a coleta dos depoimentos. Se permanecerem dúvidas, cresce a possibilidade de pedido de prorrogação.
O delegado afirmou que é do interesse da Polícia Federal fazer novos acordos de delação premiada incluindo os empresários suspeitos para esclarecer os episódios de corrupção na Petrobras.
– Pode acontecer, mas nenhum deles se manifestou nesse sentido. Há interesse (da polícia). A contribuição pode ser relevante – declarou.
Paula informou que quatro delegados estão tomando os depoimentos na carceragem da polícia federal em Curitiba. Ele negou que depoimentos de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, estivessem programados para amanhã.
Continua depois da publicidade
O que levou o juiz a decretar a prisão de 27 pessoas na Operação
ZH Explica: como a operação Lava-Jato pode afetar a economia o Rio
O advogado de Baiano, Mário Filho, declarou que seu cliente, que está foragido, estava colaborando e, por isso, o pedido de prisão seria desnecessário. O delegado disse que várias tentativas de depoimento foram feitas antes do pedido de prisão, sem sucesso.
Caso não haja prorrogação das prisões, os 17 presos temporariamente poderão deixar a carceragem da Polícia Federal ao longo desta terça-feira. Permanecerão detidos, nesse caso, apenas os seis que estão sob prisão preventiva.
Confira as últimas notícias sobre a Operação Lava-Jato
Leia todas as últimas notícias de Zero Hora
No total, são 23 presos na sede da Polícia Federal em Curitiba, a maioria empresários das maiores empreiteiras do país, suspeitos de participação em um esquema de cartel e sobrepreços em obras para desviar recursos da Petrobras.
* Zero Hora